6 de ago. de 2011


O SENTIDO DA PAIXÃO














É inegável, os sentimentos interferem em nosso meio a ponto de nos trazer tanto sofrimento, quanto felicidade. A paixão, em especial conduz a grandes conquistas.  Entretanto o abuso para sua entrega pode vir a ser a causa de muitos prejuízos...

Na acepção ao termo, é compreendido por paixão não só o sentimento a alguém, mas também a força do desejo por idéias e objetivos. Assim, as paixões são como um forte e grande cavalo, útil quando governado e perigoso quando governa, a ponto de perder valores e princípios para alcançar o que se deseja a qualquer preço, resultando em prejuízos para a si e para outros.

A pessoa tomada de paixão passa por mudanças perceptíveis na expressão facial, no comportamento e na postura corporal. O sujeito fica sonhador, suspira, tem diminuição do apetite e da necessidade de sono, tudo se torna mais bonito e colorido a um tom vibrante.

Do ponto de vista psicológico a paixão é um estado alterado de consciência que pode ser muito perturbador. Dependendo de como o sujeito reage ao estado, é possível chegar a um tênue limiar patológico ou neurótico, segundo os escritos de Freud, especialmente, quando estava associada a sentimentos de ciúme exacerbado, a ponto do apaixonado encontrar rivais imaginários por toda a parte. Ou um profissional que busca comportamento exemplar para conquistar uma promoção tão almejada, com isso, passa a entender os colegas de trabalho como verdadeiras ameaças, sente-se perseguido e/ou não assume os próprios erros, pois poderia tornar frágil sua meta, a qual deverá prevalecer a qualquer custo...

A paixão pode nos desorientar quando se perde o controle... Assim, como governá-la?  Como se manter acima? Buscando o equilíbrio! “Passo a passo”, “cada qual em seu lugar” na conquista, mas nem todos têm paciência e tolerância à frustração, e então ir a busca da realização passa a ser algo tão necessário quanto respirar, e nesta busca incessante pode-se pôr tudo a perder...

Da mesma forma que a criança que engatinha tem maior habilidade para andar, o prudente tem maiores habilidades e preparo rumo ao sucesso. Ter a paixão, essa garra que move o homem em direção a seus objetivos é fundamental, entretanto o caminho desta conquista requer muito mais direção do que velocidade.

Um exercício reflexivo e pouco praticado sugerido por Sócrates, conhecer-se a si mesmo. Uma possibilidade ampla que promove segurança e bem estar, lava as feridas e as conduz à luz da consciência. Um progresso corajoso, afinal, lançar o olhar para atrás e compreender situações passadas como o conhecimento do hoje nos conduz a possibilidades futuras, objetivos e conquistas carregados de paixões, fortalecidos em nossos princípios e valores com mais força e na razão de ser aquilo que somos, sem o medo de perder o controle

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Não é o dinheiro, estúpido


Não paute sua vida pelo dinheiro: seja fascinado pelo realizar e o dinheiro virá como consequência

SOU, COM FREQUÊNCIA, chamado a fazer palestras para turmas de formandos. Orgulha-me poder orientar jovens em seus primeiros passos profissionais.

Há uma palestra que alguns podem conhecer já pela web, mas queria compartilhar seus fundamentos com os leitores da coluna.

Sempre digo que a atitude quente é muito mais importante do que o conhecimento frio.

Acumular conhecimento é nobre e necessário, mas sem atitude, sem personalidade, você, no fundo, não será muito diferente daquele personagem de Charles Chaplin apertando parafusos numa planta industrial do século passado.

É preciso, antes de tudo, se envolver com o trabalho, amar o seu ofício com todo o coração.

Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência.

Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido ou um grande canalha. Napoleão não conquistou a Europa por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.

E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. Tudo o que fica pronto na vida foi antes construído na alma.

A propósito, lembro-me de um diálogo extraordinário entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar dos leprosos, diz: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo". E ela responde: "Eu também não, meu filho".

Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar têm trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: pense no seu país. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.

Era muito difícil viver numa nação onde a maioria morria de fome e a minoria morria de medo. Hoje o país oferece oportunidades a todos.

A estabilidade econômica e a democracia mostraram o óbvio: que ricos e pobres vão enriquecer juntos no Brasil. A inclusão é nosso único caminho. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laodiceia.

É preferível o erro à omissão; o fracasso ao tédio; o escândalo ao vazio. Porque já li livros e vi filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso (ou narra e fica muito chato!).

Colabore com seu biógrafo: faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.

Tenho consciência de que cada homem foi feito para fazer história.

Que todo homem é um milagre e traz em si uma evolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.

Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, caminhando sempre com um saco de interrogações numa mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não dê férias para os seus pés.

Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: "Eu não disse? Eu sabia!".

Toda família tem um tio batalhador e bem de vida que, durante o almoço de domingo, tem de aguentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo o que faria, apenas se fizesse alguma coisa.

Chega dos poetas não publicados, de empresários de mesa de bar, de pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta à noite, todo sábado e todo domingo, mas que na segunda-feira não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar.

Só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama "sucesso".

Seja sempre você mesmo, mas não seja sempre o mesmo.

Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se. Eu era gordo, fiquei magro. Era criativo, virei empreendedor. Era baiano, virei também carioca, paulista, nova-iorquino, global.

Mas o mundo só vai querer ouvir você se você falar alguma coisa para ele. O que você tem a dizer para o mundo?


NIZAN GUANAES, publicitário e presidente do Grupo ABC

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