10 de ago. de 2011

Respeito com a terceira idade


Respeito com a terceira idade Respeito com a terceira idade


Dias desses, uma senhora de uns 70 anos entrou pela porta de trás de um ônibus. O coletivo estava lotado e ela teria que ficar em pé. Teria porque um grupo de jovens começou a fazer coro para alguém arrumar uma poltrona para ela. Não demorou muito e a simpática senhora pode viajar sentada. A situação ilustra o respeito que os idosos passaram a ter recentemente. Uma surpresa para mim, uma vez que da nova geração não poderia esperar tanto.
Há quatro décadas, o Brasil era considerado um país de jovens. Hoje, a população envelheceu. Os jovens de ontem e idosos de hoje e amanhã, mudaram sua visão do mundo. Com mais conquistas, querem garantir o respeito de sempre.
A reação dos jovens do ônibus confirma que os tempos mudaram. De estorvo, uma pedra no sapato de muita gente, os idosos passaram a ganhar respeito. Não só dentro da família, mas em todos os locais. Mais que isso, dignidade, pois passam a ser observados e respeitados. Graças a educação que vem das famílias e se completa na escola, os idosos passam a ter reconhecimento.
Essa mentalidade é recente. Até algumas décadas, ser idoso era sinônimo de fim da vida. Piadas como “fazendo hora extra na terra”, “já passou da hora de se encontrar com São Pedro”, eram constantes. As leis que garantem os direitos dos idosos mudaram e o relacionamento entre jovens e idosos também.
Os próprios idosos mudaram, pois perceberam que podem reivindicar seus direitos. Hoje, supermercado, lotéricas e agências bancárias tem guichês exclusivos dos idosos. E se a preferência não for obedecida, é encrenca na certa.
Em qualquer meio de transporte – avião, ônibus ou trem – existem poltronas reservadas para os idosos. O mesmo se aplica a cinemas e estacionamentos. Tudo isso graças ao estatuto do idoso que garante o direito de quem trabalhou e principalmente pagou impostos a vida toda. Com o avanço na saúde, a expectativa de vida aumentou e os idosos passaram a viver mais.
O artigo 3º do Estatuto do Idoso prevê que, numa Delegacia de Polícia por exemplo, o delegado pode parar tudo e priorizar o atendimento ao idoso. Está previsto em lei. Quando os idosos descobrirem, vão exigir sua aplicação.
Adílson Rosa 

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Não é o dinheiro, estúpido


Não paute sua vida pelo dinheiro: seja fascinado pelo realizar e o dinheiro virá como consequência

SOU, COM FREQUÊNCIA, chamado a fazer palestras para turmas de formandos. Orgulha-me poder orientar jovens em seus primeiros passos profissionais.

Há uma palestra que alguns podem conhecer já pela web, mas queria compartilhar seus fundamentos com os leitores da coluna.

Sempre digo que a atitude quente é muito mais importante do que o conhecimento frio.

Acumular conhecimento é nobre e necessário, mas sem atitude, sem personalidade, você, no fundo, não será muito diferente daquele personagem de Charles Chaplin apertando parafusos numa planta industrial do século passado.

É preciso, antes de tudo, se envolver com o trabalho, amar o seu ofício com todo o coração.

Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência.

Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido ou um grande canalha. Napoleão não conquistou a Europa por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.

E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. Tudo o que fica pronto na vida foi antes construído na alma.

A propósito, lembro-me de um diálogo extraordinário entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar dos leprosos, diz: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo". E ela responde: "Eu também não, meu filho".

Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar têm trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: pense no seu país. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.

Era muito difícil viver numa nação onde a maioria morria de fome e a minoria morria de medo. Hoje o país oferece oportunidades a todos.

A estabilidade econômica e a democracia mostraram o óbvio: que ricos e pobres vão enriquecer juntos no Brasil. A inclusão é nosso único caminho. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laodiceia.

É preferível o erro à omissão; o fracasso ao tédio; o escândalo ao vazio. Porque já li livros e vi filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso (ou narra e fica muito chato!).

Colabore com seu biógrafo: faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.

Tenho consciência de que cada homem foi feito para fazer história.

Que todo homem é um milagre e traz em si uma evolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.

Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, caminhando sempre com um saco de interrogações numa mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não dê férias para os seus pés.

Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: "Eu não disse? Eu sabia!".

Toda família tem um tio batalhador e bem de vida que, durante o almoço de domingo, tem de aguentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo o que faria, apenas se fizesse alguma coisa.

Chega dos poetas não publicados, de empresários de mesa de bar, de pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta à noite, todo sábado e todo domingo, mas que na segunda-feira não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar.

Só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama "sucesso".

Seja sempre você mesmo, mas não seja sempre o mesmo.

Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se. Eu era gordo, fiquei magro. Era criativo, virei empreendedor. Era baiano, virei também carioca, paulista, nova-iorquino, global.

Mas o mundo só vai querer ouvir você se você falar alguma coisa para ele. O que você tem a dizer para o mundo?


NIZAN GUANAES, publicitário e presidente do Grupo ABC

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