Pode parecer estranho o termo “humanização”, mas algumas organizações já estão utilizando esta política para motivar colaboradores, clientes e fornecedores.
Mas como “humanizar pessoas”? Todos nós já não somos humanos?
Quando sugerimos esta política entendemos que todo profissional, seja ele da área pública ou privada precisa estar comprometido com o negócio da empresa. Muitas vezes este comprometimento não existe e a direção da empresa não enxerga que não é necessário muito investimento ou até mesmo apenas aumento de salários para motivar os funcionários e vê-los comprometidos.
É necessário implantar uma política que possa valorizar o trabalho e ao mesmo tempo fortalecer os laços do colaborador com os objetivos da empresa e vice-versa. E isto pode ser iniciado fortalecendo o trabalho em equipe multiprofissional, ou seja, criando grupos de trabalho, que apóiem a construção de redes cooperativas, solidárias e comprometidas com a produção dos serviços prestados pela empresa e, principalmente, com a produção de sujeitos.
A co-responsabilidade do funcionário nos processos de gestão e relações de trabalho cria uma educação permanente nas empresas e desenvolve uma cultura que tende a aprimorar o relacionamento interpessoal, tanto de diretores, como gerentes e profissionais de áreas técnicas.
Ações como encontros temáticos com colaboradores das diversas áreas da empresa poderão ampliar o diálogo entre as partes envolvidas no processo e promover uma gestão participativa, estimulando práticas resolutivas, racionalizando e adequando o uso das ferramentas disponíveis, respeitando a privacidade e promovendo a ambiência acolhedora e confortável.
Tudo isso não exige grandes investimentos. Exige coragem por parte da direção da empresa em instituir uma política de humanização, elegendo pessoas que possam representar todos os setores da organização e coordenar todo o processo, iniciando com a elaboração de um documento norteador, onde as diretrizes do projeto estejam bem definidas, inclusive já com um cronograma estabelecido para as atividades. Esta política deve ter início e meio, mas não um fim estabelecido por tratar-se de um processo permanente de aprimoramento do potencial humano da empresa.
O setor de planejamento poderá supervisionar todo o trabalho desenvolvido e há cada período pré-estabelecido deverá reunir o grupo de trabalho para realizar um balanço das atividades.
Acreditamos que em tempos de crise nada melhor que valorizar o funcionário oferecendo-lhe mais qualidade de vida e atenção.
Em alguns hospitais a política de humanização já está surtindo efeito. Empresas públicas estão usando como parâmetro a Política Nacional de Humanização para implantar suas próprias políticas, o que pode ser viável, mas cada empresa deverá criar sua própria política de humanização, pois a garantia do sucesso irá depender somente do comprometimento de todos os atores envolvidos no processo.
São pequenos gestos e ações como esta que muitas vezes modificam processos, sistemas de trabalho, cultura e podem otimizar relacionamentos entre clientes, funcionários, fornecedores e comunidade, colaborando diretamente para o sucesso das atividades organizacionais.
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