6 de ago. de 2011

Política de Humanização na Gestão de Pessoas



Pode parecer estranho o termo “humanização”, mas algumas organizações já estão utilizando esta política para motivar colaboradores, clientes e fornecedores.

Mas como “humanizar pessoas”? Todos nós já não somos humanos?
Quando sugerimos esta política entendemos que todo profissional, seja ele da área pública ou privada precisa estar comprometido com o negócio da empresa. Muitas vezes este comprometimento não existe e a direção da empresa não enxerga que não é necessário muito investimento ou até mesmo apenas aumento de salários para motivar os funcionários e vê-los comprometidos.
É necessário implantar uma política que possa valorizar o trabalho e ao mesmo tempo fortalecer os laços do colaborador com os objetivos da empresa e vice-versa. E isto pode ser iniciado fortalecendo o trabalho em equipe multiprofissional, ou seja, criando grupos de trabalho, que apóiem a construção de redes cooperativas, solidárias e comprometidas com a produção dos serviços prestados pela empresa e, principalmente, com a produção de sujeitos.
A co-responsabilidade do funcionário nos processos de gestão e relações de trabalho cria uma educação permanente nas empresas e desenvolve uma cultura que tende a aprimorar o relacionamento interpessoal, tanto de diretores, como gerentes e profissionais de áreas técnicas.
Ações como encontros temáticos com colaboradores das diversas áreas da empresa poderão ampliar o diálogo entre as partes envolvidas no processo e promover uma gestão participativa, estimulando práticas resolutivas, racionalizando e adequando o uso das ferramentas disponíveis, respeitando a privacidade e promovendo a ambiência acolhedora e confortável.
Tudo isso não exige grandes investimentos. Exige coragem por parte da direção da empresa em instituir uma política de humanização, elegendo pessoas que possam representar todos os setores da organização e coordenar todo o processo, iniciando com a elaboração de um documento norteador, onde as diretrizes do projeto estejam bem definidas, inclusive já com um cronograma estabelecido para as atividades. Esta política deve ter início e meio, mas não um fim estabelecido por tratar-se de um processo permanente de aprimoramento do potencial humano da empresa.
O setor de planejamento poderá supervisionar todo o trabalho desenvolvido e há cada período pré-estabelecido deverá reunir o grupo de trabalho para realizar um balanço das atividades.
Acreditamos que em tempos de crise nada melhor que valorizar o funcionário oferecendo-lhe mais qualidade de vida e atenção.
Em alguns hospitais a política de humanização já está surtindo efeito. Empresas públicas estão usando como parâmetro a Política Nacional de Humanização para implantar suas próprias políticas, o que pode ser viável, mas cada empresa deverá criar sua própria política de humanização, pois a garantia do sucesso irá depender somente do comprometimento de todos os atores envolvidos no processo.
São pequenos gestos e ações como esta que muitas vezes modificam processos, sistemas de trabalho, cultura e podem otimizar relacionamentos entre clientes, funcionários, fornecedores e comunidade, colaborando diretamente para o sucesso das atividades organizacionais.
 Cleber Suckow Nogueira

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Não é o dinheiro, estúpido


Não paute sua vida pelo dinheiro: seja fascinado pelo realizar e o dinheiro virá como consequência

SOU, COM FREQUÊNCIA, chamado a fazer palestras para turmas de formandos. Orgulha-me poder orientar jovens em seus primeiros passos profissionais.

Há uma palestra que alguns podem conhecer já pela web, mas queria compartilhar seus fundamentos com os leitores da coluna.

Sempre digo que a atitude quente é muito mais importante do que o conhecimento frio.

Acumular conhecimento é nobre e necessário, mas sem atitude, sem personalidade, você, no fundo, não será muito diferente daquele personagem de Charles Chaplin apertando parafusos numa planta industrial do século passado.

É preciso, antes de tudo, se envolver com o trabalho, amar o seu ofício com todo o coração.

Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência.

Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido ou um grande canalha. Napoleão não conquistou a Europa por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.

E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. Tudo o que fica pronto na vida foi antes construído na alma.

A propósito, lembro-me de um diálogo extraordinário entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar dos leprosos, diz: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo". E ela responde: "Eu também não, meu filho".

Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar têm trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: pense no seu país. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.

Era muito difícil viver numa nação onde a maioria morria de fome e a minoria morria de medo. Hoje o país oferece oportunidades a todos.

A estabilidade econômica e a democracia mostraram o óbvio: que ricos e pobres vão enriquecer juntos no Brasil. A inclusão é nosso único caminho. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laodiceia.

É preferível o erro à omissão; o fracasso ao tédio; o escândalo ao vazio. Porque já li livros e vi filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso (ou narra e fica muito chato!).

Colabore com seu biógrafo: faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.

Tenho consciência de que cada homem foi feito para fazer história.

Que todo homem é um milagre e traz em si uma evolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.

Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, caminhando sempre com um saco de interrogações numa mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não dê férias para os seus pés.

Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: "Eu não disse? Eu sabia!".

Toda família tem um tio batalhador e bem de vida que, durante o almoço de domingo, tem de aguentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo o que faria, apenas se fizesse alguma coisa.

Chega dos poetas não publicados, de empresários de mesa de bar, de pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta à noite, todo sábado e todo domingo, mas que na segunda-feira não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar.

Só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama "sucesso".

Seja sempre você mesmo, mas não seja sempre o mesmo.

Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se. Eu era gordo, fiquei magro. Era criativo, virei empreendedor. Era baiano, virei também carioca, paulista, nova-iorquino, global.

Mas o mundo só vai querer ouvir você se você falar alguma coisa para ele. O que você tem a dizer para o mundo?


NIZAN GUANAES, publicitário e presidente do Grupo ABC

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