6 de jun. de 2011

APOSENTADORIA: Sonho ou Pesadelo ?

Durante nossa vida, trabalhamos sonhando com a ‘APOSENTADADORIA “. Fazemos planos e mais planos”.

Do outro lado, não nos preparamos para a chegada dela. Aliás, nem temos noção de como será. Pensamos que será tudo ótimo, cor de rosa.

Será?

Até pouco tempo atrás, uns 5 anos, nos aposentávamos cedo, muitas vezes com 40 e poucos anos. E o resto da vida, pensávamos que iríamos viajar, ficar sem fazer nada, curtir a vida.

Só que como estamos muitas vezes despreparados, as coisas não acontecem assim.

No começo, é uma delícia.Paramos para descansar, afinal merecemos!

Mas com o tempo, vem o vazio, a depressão, sem contar o dinheiro que não era aquilo que imaginávamos, a poupança que não conseguimos fazer ou tivemos que usar antes do tempo. 

E ainda estamos novos e com pique total. Velhos para a sociedade, que nos manda para nossos “aposentos”.

E agora, o que vamos fazer?

A sociedade deveria preparar o indivíduo tanto para trabalho, quanto para uma segunda carreira ou para um lazer. Mas até hoje não foi assim.

Como educadora e gerontóloga, acho um erro educacional e social, pois quando paramos de trabalhar, muitas vezes, fomos deixando os amigos, os prazeres, a família, pois meu nome é dinheiro, ou Dr. Fulano de Tal, ou Diretor de tal Empresa, Esse é o Gerente de Tal Banco.... e quando acordamos deixamos de ser o Tal e nem sabemos mais quem somos nós, pois em casa, nosso espaço existe, ms não para ficar nele o dia todo,pois ninguém está acostumado conosco lá. A gente só vai praticamente para dormir,pois temos que trabalhar, render.

A aposentadoria pode ser um sonho, mesmo quando não a planejamos, desde que saibamos reinventar nossa vida, encontrar nosso espaço, achar o que fazer, e se encontrar. Não se preocupar que deixou de ser o Dr.Tal, o gerente Tal.

Ela torna-se pesadelo, quando,independente do dinheiro, você que continuar a ser reconhecido pelos papéis que sempre representou na vida.

 

A partir de agora, você é a pessoa que nasceu no dia do seu aniversário, com o nome que seus pais lhe deram, e tente viver para você e sua família, a vida que a sociedade não lhe deu tempo de viver. Curta, pois a vida é curta. Só é longa, quando estamos muito novos e não temos noção que pode ser interrompida a qualquer  momento. Momento esse, que só Deus sabe.

 

Tudo depende de como e o que você vai fazer da sua vida.

Cristina Fogaça

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Não é o dinheiro, estúpido


Não paute sua vida pelo dinheiro: seja fascinado pelo realizar e o dinheiro virá como consequência

SOU, COM FREQUÊNCIA, chamado a fazer palestras para turmas de formandos. Orgulha-me poder orientar jovens em seus primeiros passos profissionais.

Há uma palestra que alguns podem conhecer já pela web, mas queria compartilhar seus fundamentos com os leitores da coluna.

Sempre digo que a atitude quente é muito mais importante do que o conhecimento frio.

Acumular conhecimento é nobre e necessário, mas sem atitude, sem personalidade, você, no fundo, não será muito diferente daquele personagem de Charles Chaplin apertando parafusos numa planta industrial do século passado.

É preciso, antes de tudo, se envolver com o trabalho, amar o seu ofício com todo o coração.

Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência.

Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido ou um grande canalha. Napoleão não conquistou a Europa por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.

E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. Tudo o que fica pronto na vida foi antes construído na alma.

A propósito, lembro-me de um diálogo extraordinário entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar dos leprosos, diz: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo". E ela responde: "Eu também não, meu filho".

Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar têm trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: pense no seu país. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.

Era muito difícil viver numa nação onde a maioria morria de fome e a minoria morria de medo. Hoje o país oferece oportunidades a todos.

A estabilidade econômica e a democracia mostraram o óbvio: que ricos e pobres vão enriquecer juntos no Brasil. A inclusão é nosso único caminho. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laodiceia.

É preferível o erro à omissão; o fracasso ao tédio; o escândalo ao vazio. Porque já li livros e vi filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso (ou narra e fica muito chato!).

Colabore com seu biógrafo: faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.

Tenho consciência de que cada homem foi feito para fazer história.

Que todo homem é um milagre e traz em si uma evolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.

Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, caminhando sempre com um saco de interrogações numa mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não dê férias para os seus pés.

Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: "Eu não disse? Eu sabia!".

Toda família tem um tio batalhador e bem de vida que, durante o almoço de domingo, tem de aguentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo o que faria, apenas se fizesse alguma coisa.

Chega dos poetas não publicados, de empresários de mesa de bar, de pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta à noite, todo sábado e todo domingo, mas que na segunda-feira não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar.

Só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama "sucesso".

Seja sempre você mesmo, mas não seja sempre o mesmo.

Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se. Eu era gordo, fiquei magro. Era criativo, virei empreendedor. Era baiano, virei também carioca, paulista, nova-iorquino, global.

Mas o mundo só vai querer ouvir você se você falar alguma coisa para ele. O que você tem a dizer para o mundo?


NIZAN GUANAES, publicitário e presidente do Grupo ABC

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