8 de mai. de 2011

Somente 1/3 dos centros para idosos existentes no país atende normas da Saúde

A principal limitação dos centros é a falta de profissionais capacitados, como médicos geriatras e gerontologistas



foto colunasstudo concluído no final de 2009 pelo Ministério da Saúde aponta que,dos 150 centros de referência para a saúde do idoso existentes no país,apenas 50 estão nos moldes preconizados pela pasta.

Segundo Luiza Maia, coordenadora de Saúde do Idoso do ministério, a principal limitação dos centros, cuja criação foi motivada por uma portaria de 2002, é a falta de profissionais capacitados, entre médicos geriatras e gerontologistas (profissionais de diversas áreas habilitados para as questões do idoso).

A situação é mais grave no Norte e no Nordeste, onde a pasta decidiu capacitar 500 profissionais. Atualmente, 70% dos idosos no país - cerca de 14 milhões de pessoas - dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) e 25%deles têm problemas importantes de saúde ou estão acamados.

“Precisamos de pessoal bem formado, que não veja as questões de saúde do idoso como algo normal, coisa da velhice”, disse Luiza, durante o 17º Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, em Belo Horizonte.

A pasta promete modificar a política para que os centros, criados para assistir principalmente vítimas de demências, recebam todos os idosos fragilizados - por exemplo, portadores de múltiplos problemas de saúde.

Além disso, destacou Luiza, é preciso que os centros estejam integrados à rede de saúde. A maioria deles, diz ela, é ligada a universidades e aos seus hospitais, muitos deles fechados para o atendimento amplo. A responsabilidade da instalação e manutenção dos centros é de Estados e municípios.

Diante do envelhecimento acelerado da população, Luiza defendeu que a área tenha tanta importância no SUS quanto as ações contra a Aids. “Todos os Estados brasileiros têm 7% de população idosa”, destacou. Hoje, 26% da população brasileira têm até 14 anos e 6,6% possui 65 anos ou mais. Em 2050, os idosos serão 22,7% e os adolescentes, 13,1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Fotos/ilustrações: divulgação
Fonte: Ministério da Saúde, nota divulgada em 30/07/2010
Colaborou com a matéria: José Pinheiro, conselheiro do CEI/SP, membro da Câmara Técnica da Saúde da Pessoa Idosa do CES/SP e Coordenador da Comissão da Pessoa Idosa da OAB/BAURU-SP

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Não é o dinheiro, estúpido


Não paute sua vida pelo dinheiro: seja fascinado pelo realizar e o dinheiro virá como consequência

SOU, COM FREQUÊNCIA, chamado a fazer palestras para turmas de formandos. Orgulha-me poder orientar jovens em seus primeiros passos profissionais.

Há uma palestra que alguns podem conhecer já pela web, mas queria compartilhar seus fundamentos com os leitores da coluna.

Sempre digo que a atitude quente é muito mais importante do que o conhecimento frio.

Acumular conhecimento é nobre e necessário, mas sem atitude, sem personalidade, você, no fundo, não será muito diferente daquele personagem de Charles Chaplin apertando parafusos numa planta industrial do século passado.

É preciso, antes de tudo, se envolver com o trabalho, amar o seu ofício com todo o coração.

Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência.

Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido ou um grande canalha. Napoleão não conquistou a Europa por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.

E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. Tudo o que fica pronto na vida foi antes construído na alma.

A propósito, lembro-me de um diálogo extraordinário entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar dos leprosos, diz: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo". E ela responde: "Eu também não, meu filho".

Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar têm trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: pense no seu país. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.

Era muito difícil viver numa nação onde a maioria morria de fome e a minoria morria de medo. Hoje o país oferece oportunidades a todos.

A estabilidade econômica e a democracia mostraram o óbvio: que ricos e pobres vão enriquecer juntos no Brasil. A inclusão é nosso único caminho. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laodiceia.

É preferível o erro à omissão; o fracasso ao tédio; o escândalo ao vazio. Porque já li livros e vi filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso (ou narra e fica muito chato!).

Colabore com seu biógrafo: faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.

Tenho consciência de que cada homem foi feito para fazer história.

Que todo homem é um milagre e traz em si uma evolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.

Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, caminhando sempre com um saco de interrogações numa mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não dê férias para os seus pés.

Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: "Eu não disse? Eu sabia!".

Toda família tem um tio batalhador e bem de vida que, durante o almoço de domingo, tem de aguentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo o que faria, apenas se fizesse alguma coisa.

Chega dos poetas não publicados, de empresários de mesa de bar, de pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta à noite, todo sábado e todo domingo, mas que na segunda-feira não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar.

Só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama "sucesso".

Seja sempre você mesmo, mas não seja sempre o mesmo.

Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se. Eu era gordo, fiquei magro. Era criativo, virei empreendedor. Era baiano, virei também carioca, paulista, nova-iorquino, global.

Mas o mundo só vai querer ouvir você se você falar alguma coisa para ele. O que você tem a dizer para o mundo?


NIZAN GUANAES, publicitário e presidente do Grupo ABC

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