8 de mai. de 2011

O Planeta terra adoeceu...

foto colunas

Somente a convivência harmoniosa entre o homem e nosso planeta permitirá a sobrevivência dos dois. Caso isso não aconteça, um ou o outro, ou os dois, deixarão de existir



e observarmos a Natureza, notaremos que existe uma relação imutável entre hospedeiros e parasitas. O parasita progride e se desenvolve cada vez mais, de forma descontrolada, enquanto o hospedeiro regride, atrofia, decresce, até que seu organismo sucumba ou reaja extirpando ou expulsando o parasita.

Constatamos três situaçõesbem distintas: uma convivência pacifica e equilibrada entre parasita e hospedeiro; progresso e desenvolvimento descontrolado do parasita e consequente morte do hospedeiro ou a reação orgânica do hospedeiro com a expulsão ou morte do parasita.

Somente a convivência harmoniosa entre parasita e hospedeiro permitirá a subsistência dos dois. Caso isso não aconteça, um ou o outro, ou os dois, deixarão de existir.

Para se ter uma ideia da idade da Terra comparada com o tempo que o ser humano a habita, imagine o número de segundos que existe em um ano. Se fizermos a conta, teremos 31.536.000 segundos. Os últimos 2 segundosrepresentam o tempo do homem sobre a face da Terra.

O planeta se formou, amadureceu e, nos primórdios, criou as condições para o desenvolvimento da vida vegetal. Depois apareceu a vida animal e, finalmente, surgiu, nos últimos instantes, o homo sapiens, o predador, a doença do planeta que, em analogia ao nosso corpo, iniciou suas atividades como uma leve gripe e se transformou, a partir do início do século XX, numa fulminante tuberculose, pondo em risco a subsistência do planeta, o hospedeiro do homem.

Nosso planeta está doente, mutilado, com suas reservas destruídas ou contaminadas. Estamos nos comportando como vírus, amebas e bactérias, embora nos consideremos seres pensantes e inteligentes. Não percebemos que somos exploradores, parasitas do planeta Terra, destruindo o nosso hospedeiro, nossa casa. A Natureza está avisando, chamando nossa atenção com as catástrofes, comodamente designada pela sociedade como naturais.

Se providências não forem tomadas com urgência, podemos estar à beira doextermínio da espécie humana – se isso acontecer, o meio ambiente e as outras espécies em geral agradecerão, por se sentirem aliviadas, livres de uma presença incomoda –, ou, num cenário “mais ameno”, poderemos ter umacidente em grandes dimensões, provocado pelo homem na sua busca desenfreada do poder e do consumo, com, por exemplo, uma guerra nuclear.

Numa hipótese mais “lúdica”, a sociedade poderia voltar à razão e ao equilíbrio, ou pelo menos tentar. Mas essa ideia, hoje, parece estar mais para ficção do que realidade. O tempo está passando e a situação está se tornando praticamente irreversível.

A sociedade moderna, embora composta por seres pensantes, no seu consumismo irracional e desbragado, está se comportando como parasitas, vivendo o hoje e esquecendo o amanhã de nossos filhos e netos

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Não é o dinheiro, estúpido


Não paute sua vida pelo dinheiro: seja fascinado pelo realizar e o dinheiro virá como consequência

SOU, COM FREQUÊNCIA, chamado a fazer palestras para turmas de formandos. Orgulha-me poder orientar jovens em seus primeiros passos profissionais.

Há uma palestra que alguns podem conhecer já pela web, mas queria compartilhar seus fundamentos com os leitores da coluna.

Sempre digo que a atitude quente é muito mais importante do que o conhecimento frio.

Acumular conhecimento é nobre e necessário, mas sem atitude, sem personalidade, você, no fundo, não será muito diferente daquele personagem de Charles Chaplin apertando parafusos numa planta industrial do século passado.

É preciso, antes de tudo, se envolver com o trabalho, amar o seu ofício com todo o coração.

Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência.

Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido ou um grande canalha. Napoleão não conquistou a Europa por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.

E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. Tudo o que fica pronto na vida foi antes construído na alma.

A propósito, lembro-me de um diálogo extraordinário entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar dos leprosos, diz: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo". E ela responde: "Eu também não, meu filho".

Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar têm trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: pense no seu país. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.

Era muito difícil viver numa nação onde a maioria morria de fome e a minoria morria de medo. Hoje o país oferece oportunidades a todos.

A estabilidade econômica e a democracia mostraram o óbvio: que ricos e pobres vão enriquecer juntos no Brasil. A inclusão é nosso único caminho. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laodiceia.

É preferível o erro à omissão; o fracasso ao tédio; o escândalo ao vazio. Porque já li livros e vi filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso (ou narra e fica muito chato!).

Colabore com seu biógrafo: faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.

Tenho consciência de que cada homem foi feito para fazer história.

Que todo homem é um milagre e traz em si uma evolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.

Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, caminhando sempre com um saco de interrogações numa mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não dê férias para os seus pés.

Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: "Eu não disse? Eu sabia!".

Toda família tem um tio batalhador e bem de vida que, durante o almoço de domingo, tem de aguentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo o que faria, apenas se fizesse alguma coisa.

Chega dos poetas não publicados, de empresários de mesa de bar, de pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta à noite, todo sábado e todo domingo, mas que na segunda-feira não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar.

Só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama "sucesso".

Seja sempre você mesmo, mas não seja sempre o mesmo.

Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se. Eu era gordo, fiquei magro. Era criativo, virei empreendedor. Era baiano, virei também carioca, paulista, nova-iorquino, global.

Mas o mundo só vai querer ouvir você se você falar alguma coisa para ele. O que você tem a dizer para o mundo?


NIZAN GUANAES, publicitário e presidente do Grupo ABC

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