25 de mai. de 2011

Sobre a Gestão Ambiental

                                                      
Os desastres ambientais causados nas décadas de 1970 e 1980 provocaram um dramático crescimento da conscientização ambiental no mundo; em 1990, milhões de pessoas de todo o mundo se reuniram no Dia da Terra para "salvar" o planeta.
É importante lembrar que os danos ambientais causados pelas catástrofes que ocuparam as manchetes nestes últimos anos são pequenos, se comparados aos danos cumulativos, na maioria das vezes imperceptíveis, provocados por uma grande quantidade de poluentes menores.
Nós vivemos num ecossistema no qual os recursos são limitados, mas cujo crescimento é ilimitado, e onde os recursos existentes são fortemente interrelacionados e interdependentes.
É a natureza cíclica dos fluxos de materiais que garante sua sustentabilidade. Alguns organismos usam a luz do sol, a água e os minerais para crescer, enquanto outros consomem os primeiros e produzem resíduos. Estes resíduos, por sua vez, servem de alimentos para outros organismos, alguns dos quais convertem os resíduos em minerais que são usados por produtores primários, etc... formando uma complexa rede de processos na qual qualquer elemento produzido é consumido por algum organismo para alimentar seu próprio metabolismo.
De maneira análoga, o uso de recursos limitados para as atividades humanas (indústria, agricultura, infra estrutura urbana, etc.) deve ser pautado na natureza cíclica dos materiais e nas perdas irreversíveis associadas aos fluxos energéticos, para poder atingir um desenvolvimento sustentado.
O objetivo de uma Gestão Ambiental adequada é modificar a forma de operar dos sistemas de produção e consumo, indo do modelo linear para modelos cíclicos, ou semi-cíclicos. São requeridas reconfigurações nos processos produtivos, nos produtos gerados, bem como nos padrões de consumo.
O papel fundamental de um sistema de Gestão Ambiental é procurar medidas corretivas para o tratamento e a disposição de resíduos gerados, enfatizando a aplicação de tecnologias que permitam reduzir os efeitos dos poluentes através de tratamentos físicos, químicos, biológicos e térmicos; é sobretudo procurar medidas preventivas para reduzir a própria geração de resíduos (sólidos, líquidos e gasosos).
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) deve ser parte integrante do planejamento estratégico de uma organização, observando-se os seguintes princípios fundamentais:
 Incluir a Gestão Ambiental dentre as prioridades corporativas.
 Estabelecer um permanente diálogo com as partes interessadas, internas e externas à empresa.
 Identificar os dispositivos legais e outros requerimentos ambientais aplicáveis às atividades, produtos e serviços da empresa.
 Desenvolver o gerenciamento e comprometer-se a empregar práticas de proteção ambiental, com clara definição e responsabilidades.
 Estabelecer um processo adequado de aferição de metas de desempenho ambiental.
 Reservar os recursos financeiros e técnicos apropriados às metas estabelecidas por uma Gestão Ambiental adequada.
 Implementar programas permanentes de auditoria do SGA, de forma a identificar oportunidades de aperfeiçoamento do próprio Sistema de Gestão Ambiental.
 Promover a harmonização do SGA com outros sistemas de gestão empresarial, tais como: Saúde, Segurança, Qualidade, Finanças, etc....
Todas estas considerações levam à evolução da empresa, com responsabilidade, para a adesão às normas ambientais, estejam elas regulamentadas ou não. E estes são também os padrões éticos requeridos nos negócios como adequação às novas condições que parecem inevitáveis, e que enfatizam o gerenciamento ambiental.

Fernanda Silveira

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Não é o dinheiro, estúpido


Não paute sua vida pelo dinheiro: seja fascinado pelo realizar e o dinheiro virá como consequência

SOU, COM FREQUÊNCIA, chamado a fazer palestras para turmas de formandos. Orgulha-me poder orientar jovens em seus primeiros passos profissionais.

Há uma palestra que alguns podem conhecer já pela web, mas queria compartilhar seus fundamentos com os leitores da coluna.

Sempre digo que a atitude quente é muito mais importante do que o conhecimento frio.

Acumular conhecimento é nobre e necessário, mas sem atitude, sem personalidade, você, no fundo, não será muito diferente daquele personagem de Charles Chaplin apertando parafusos numa planta industrial do século passado.

É preciso, antes de tudo, se envolver com o trabalho, amar o seu ofício com todo o coração.

Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência.

Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido ou um grande canalha. Napoleão não conquistou a Europa por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.

E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. Tudo o que fica pronto na vida foi antes construído na alma.

A propósito, lembro-me de um diálogo extraordinário entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar dos leprosos, diz: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo". E ela responde: "Eu também não, meu filho".

Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar têm trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: pense no seu país. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.

Era muito difícil viver numa nação onde a maioria morria de fome e a minoria morria de medo. Hoje o país oferece oportunidades a todos.

A estabilidade econômica e a democracia mostraram o óbvio: que ricos e pobres vão enriquecer juntos no Brasil. A inclusão é nosso único caminho. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laodiceia.

É preferível o erro à omissão; o fracasso ao tédio; o escândalo ao vazio. Porque já li livros e vi filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso (ou narra e fica muito chato!).

Colabore com seu biógrafo: faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.

Tenho consciência de que cada homem foi feito para fazer história.

Que todo homem é um milagre e traz em si uma evolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.

Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, caminhando sempre com um saco de interrogações numa mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não dê férias para os seus pés.

Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: "Eu não disse? Eu sabia!".

Toda família tem um tio batalhador e bem de vida que, durante o almoço de domingo, tem de aguentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo o que faria, apenas se fizesse alguma coisa.

Chega dos poetas não publicados, de empresários de mesa de bar, de pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta à noite, todo sábado e todo domingo, mas que na segunda-feira não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar.

Só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama "sucesso".

Seja sempre você mesmo, mas não seja sempre o mesmo.

Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se. Eu era gordo, fiquei magro. Era criativo, virei empreendedor. Era baiano, virei também carioca, paulista, nova-iorquino, global.

Mas o mundo só vai querer ouvir você se você falar alguma coisa para ele. O que você tem a dizer para o mundo?


NIZAN GUANAES, publicitário e presidente do Grupo ABC

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