25 de mai. de 2011

Porque a Reeducação Ambiental?


                                                          
Temos acompanhado ao longo dos anos toda a polêmica em torno do tema "lixo": o Brasil produzindo 240.000 toneladas de lixo por dia e, com o reflexo do desemprego e da miséria, os catadores de lixo se multiplicando a cada dia em condições insalubres. E nunca se discutiu este assunto com tanta freqüência e profundidade como nestes últimos anos.

Foram criados inúmeros programas voltados ao meio ambiente, e ligados ao problema do lixo. Programas de coleta seletiva, coleta diferenciada, resíduos sólidos, resíduos domiciliares, resíduos hospitalares, etc..., nomes que evocam um mundo melhor, mais saudável, mais limpo e sempre relacionado à geração de emprego e renda.

Sempre buscou-se satisfazer nestes programas as premissas de :

 Qualidade de vida

 Respeito ao ser humano

 Geração de emprego e renda

 Desenvolvimento de uma cultura de respeito ao meio ambiente

A participação popular sempre foi vista como algo natural, e imposta através de regras básicas em todos os programas.
Constatamos, entretanto, que a maioria dos programas têm naufragado. Onde está o erro então???
Não foram leigos que escreveram estes programas mas, na sua maioria, gente muito bem preparada: engenheiros sanitaristas, mecânicos ou civis, arquitetos, administradores, alguns inclusive com mestrado e doutorado nas suas áreas. Onde estariam errando então???
Porque a maioria dos programas começa bem e acaba naufragando???
Foi exatamente deste ponto que começamos a nossa análise. Já conhecíamos a maioria dos programas, as pessoas envolvidas, as técnicas de construção dos programas e de manejo dos resíduos. Onde estava a falha???
Pudemos então perceber que a maioria dos programas não falham, "o que acaba é o combustível". E o combustível está nas pessoas, no homem, que é o responsável por qualquer transformação desde que o mundo é mundo.
É, portanto, neste ponto que pretendemos tocar, no homem, no ser. Não somente o ser humano mas o ser responsável, capaz, que existe em cada um de nós. Este é o SER que queremos despertar e fortalecer.
Tratar os "lixos" que carregamos e aprender como recicla-los, aprofundando a discussão deste tema numa abordagem mais pessoal fazendo com que saibamos exatamente qual a nossa responsabilidade conosco e com o mundo que nos cerca.
A peça principal de qualquer processo é o homem, e é com ele que nos preocupamos.
É o "auto conhecimento" que proporciona ao indivíduo a condição de discernimento sobre o certo e o errado, e sobre qual o seu grau de responsabilidade e competência nos programas dos quais venha a participar. Ele desperta o auto-respeito e mostra com clareza qual a real importância do indivíduo dentro da sociedade em que está inserido.
Num projeto de Gestão Ambiental, achamos fundamental, portanto, um treinamento onde são abordados não somente os vários aspectos técnicos do tratamento dos resíduos, mas onde são feitos também uma série de exercícios e vivências, a fim de despertar este lado responsável e capaz de cada um dos participantes.

Fernanda Silveira

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Não é o dinheiro, estúpido


Não paute sua vida pelo dinheiro: seja fascinado pelo realizar e o dinheiro virá como consequência

SOU, COM FREQUÊNCIA, chamado a fazer palestras para turmas de formandos. Orgulha-me poder orientar jovens em seus primeiros passos profissionais.

Há uma palestra que alguns podem conhecer já pela web, mas queria compartilhar seus fundamentos com os leitores da coluna.

Sempre digo que a atitude quente é muito mais importante do que o conhecimento frio.

Acumular conhecimento é nobre e necessário, mas sem atitude, sem personalidade, você, no fundo, não será muito diferente daquele personagem de Charles Chaplin apertando parafusos numa planta industrial do século passado.

É preciso, antes de tudo, se envolver com o trabalho, amar o seu ofício com todo o coração.

Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência.

Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido ou um grande canalha. Napoleão não conquistou a Europa por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.

E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. Tudo o que fica pronto na vida foi antes construído na alma.

A propósito, lembro-me de um diálogo extraordinário entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar dos leprosos, diz: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo". E ela responde: "Eu também não, meu filho".

Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar têm trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: pense no seu país. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.

Era muito difícil viver numa nação onde a maioria morria de fome e a minoria morria de medo. Hoje o país oferece oportunidades a todos.

A estabilidade econômica e a democracia mostraram o óbvio: que ricos e pobres vão enriquecer juntos no Brasil. A inclusão é nosso único caminho. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laodiceia.

É preferível o erro à omissão; o fracasso ao tédio; o escândalo ao vazio. Porque já li livros e vi filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso (ou narra e fica muito chato!).

Colabore com seu biógrafo: faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.

Tenho consciência de que cada homem foi feito para fazer história.

Que todo homem é um milagre e traz em si uma evolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.

Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, caminhando sempre com um saco de interrogações numa mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não dê férias para os seus pés.

Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: "Eu não disse? Eu sabia!".

Toda família tem um tio batalhador e bem de vida que, durante o almoço de domingo, tem de aguentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo o que faria, apenas se fizesse alguma coisa.

Chega dos poetas não publicados, de empresários de mesa de bar, de pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta à noite, todo sábado e todo domingo, mas que na segunda-feira não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar.

Só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama "sucesso".

Seja sempre você mesmo, mas não seja sempre o mesmo.

Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se. Eu era gordo, fiquei magro. Era criativo, virei empreendedor. Era baiano, virei também carioca, paulista, nova-iorquino, global.

Mas o mundo só vai querer ouvir você se você falar alguma coisa para ele. O que você tem a dizer para o mundo?


NIZAN GUANAES, publicitário e presidente do Grupo ABC

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