1 de out. de 2011

PORTO SEGURO


 
Há 500 anos, quando aqui desembarcou, Cabral já sabia que Porto Seguro era um grande achado. De lá para cá não só os portugueses, mas holandeses, espanhóis, italianos, franceses, israelenses, brasileiros, gente dos quatro cantos do mundo já descobriu que 500 anos depois, Porto Seguro ficou muito melhor. A pouco mais de uma hora de vôo das principais capitais nacionais, e servido por uma malha aérea que liga o destino aos grandes centros urbanos do país, Porto Seguro possui um dos maiores parques hoteleiros do Brasil, com mais de 37 mil leitos, para todos os gostos e bolsos.
Com tantas opções, ganha o visitante e comemora o agente de viagem, que satisfaz o seu cliente oferecendo qualidade, e trabalha com tarifas bastante interessantes e competitivas. Imagine tudo isso num verdadeiro paraíso ecológico, onde cultura e história proporcionam emocionantes mergulhos no passado de um recanto, que é o berço da civilização brasileira. Praias maravilhosas entrecortadas de rios, coqueirais, Mata Atlântica, manguezais, falésias de texturas e cores magníficas, arrecifes que fizeram deste um porto seguro. Toda uma geografia privilegiada faz de Porto Seguro um verdadeiro museu natural a céu aberto, tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), desde 1973, como Patrimônio Histórico Nacional e reconhecido pela Unesco, no ano 2000, como Patrimônio Natural da Humanidade.

A Cidade Histórica, primeiro núcleo habitacional do Brasil, abriga imponentes prédios e peças valiosas do século XVI, com destaque para o Marco do Descobrimento, trazido de Portugal por Gonçalo Coelho, em 1503; a Igreja de Nossa Senhora da Pena, padroeira da cidade, com sua torre toda em louça de Macau; e a Casa de Câmara e Cadeia, que abriga o Museu de Porto Seguro, recentemente recuperado reinaugurado pela Fundação Roberto Marinho. Na parte baixa da cidade, todo o casario do século XVII, também tombado pelo Patrimônio Histórico, remete aos mistérios e segredos de um passado rico e glorioso.

Em Porto Seguro , visitantes de todas as idades - jovens desacompanhados ou em grupos de amigos, famílias com filhos, casais em lua-de-mel, turistas da terceira idade, executivos viajando a negócios - todos têm diversão e segurança garantidos. Além das inúmeras praias - de águas límpidas e despoluídas e com uma estrutura que garante conforto e segurança ao visitante - passeios de escuna, mergulhos, trilhas ecológicas, reservas indígenas, um dos maiores parques aquáticos da América Latina, variadíssimo centro de compras, artesanatos, boa comida, tudo isso explica porque Porto Seguro é hoje um dos principais pólos turísticos do Brasil.

Com tantas opções de lazer, para quem ainda tem fôlego, Porto Seguro oferece animadas e badaladas noites. Na sede do município - sim, porque ainda tem refúgios paradisíacos como Arraial d'Ajuda, Trancoso e Caraíva - estão os points mais fervilhantes. A cada noite uma cabana de praia - diferente de tudo o que já se viu por aí - ou uma casa temática oferece uma festa diferente. De domingo a domingo o visitante pode curtir fogueiras à beira mar, mesas de frutas, vários ambientes e shows musicais que vão de axé, passando por lambada, forró e até uma providencial MPB.

Isso em Porto Seguro, porque no Arraial d'Ajuda e Trancoso a balada toca diferente. O deslumbramento já começa na travessia das balsas sobre o rio Buranhém , que separa Porto Seguro do Litoral Sul. São cerca de cinco minutos de travessia, suficientes para encher os olhos e inebriar a alma, diante do abraço harmonioso do rio com o mar, emoldurados por manguezais. Do outro lado do rio, agradáveis surpresas aguardam o visitante. Seja em Arraial, Trancoso ou Caraíva tem história, natureza preservada, gastronomia de alta qualidade, charme e bom gosto para quem gosta de descontração, sem abrir mão do conforto.

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Não é o dinheiro, estúpido


Não paute sua vida pelo dinheiro: seja fascinado pelo realizar e o dinheiro virá como consequência

SOU, COM FREQUÊNCIA, chamado a fazer palestras para turmas de formandos. Orgulha-me poder orientar jovens em seus primeiros passos profissionais.

Há uma palestra que alguns podem conhecer já pela web, mas queria compartilhar seus fundamentos com os leitores da coluna.

Sempre digo que a atitude quente é muito mais importante do que o conhecimento frio.

Acumular conhecimento é nobre e necessário, mas sem atitude, sem personalidade, você, no fundo, não será muito diferente daquele personagem de Charles Chaplin apertando parafusos numa planta industrial do século passado.

É preciso, antes de tudo, se envolver com o trabalho, amar o seu ofício com todo o coração.

Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência.

Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido ou um grande canalha. Napoleão não conquistou a Europa por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.

E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. Tudo o que fica pronto na vida foi antes construído na alma.

A propósito, lembro-me de um diálogo extraordinário entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar dos leprosos, diz: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo". E ela responde: "Eu também não, meu filho".

Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar têm trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: pense no seu país. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.

Era muito difícil viver numa nação onde a maioria morria de fome e a minoria morria de medo. Hoje o país oferece oportunidades a todos.

A estabilidade econômica e a democracia mostraram o óbvio: que ricos e pobres vão enriquecer juntos no Brasil. A inclusão é nosso único caminho. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laodiceia.

É preferível o erro à omissão; o fracasso ao tédio; o escândalo ao vazio. Porque já li livros e vi filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso (ou narra e fica muito chato!).

Colabore com seu biógrafo: faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.

Tenho consciência de que cada homem foi feito para fazer história.

Que todo homem é um milagre e traz em si uma evolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.

Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, caminhando sempre com um saco de interrogações numa mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não dê férias para os seus pés.

Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: "Eu não disse? Eu sabia!".

Toda família tem um tio batalhador e bem de vida que, durante o almoço de domingo, tem de aguentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo o que faria, apenas se fizesse alguma coisa.

Chega dos poetas não publicados, de empresários de mesa de bar, de pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta à noite, todo sábado e todo domingo, mas que na segunda-feira não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar.

Só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama "sucesso".

Seja sempre você mesmo, mas não seja sempre o mesmo.

Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se. Eu era gordo, fiquei magro. Era criativo, virei empreendedor. Era baiano, virei também carioca, paulista, nova-iorquino, global.

Mas o mundo só vai querer ouvir você se você falar alguma coisa para ele. O que você tem a dizer para o mundo?


NIZAN GUANAES, publicitário e presidente do Grupo ABC

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