4 de out. de 2011

MOTIVAÇÃO




Conjunto de forças internas que mobilização o indivíduo para atingir um dado objetivo como resposta a um estado de necessidade, carência ou desequilíbrio. A palavra motivação vem do latim movere , que significa "mover". A motivação é, então, aquilo que é susceptível de mover o indivíduo, de o levar a agir para atingir algo (o objetivo), e de lhe produzir um comportamento orientado. Bem, de acordo com as diversas teorias psicológicas, a Motivação pode ser entendida das seguintes formas:
I – TEORIA BASEADA NO CONCEITO DE INSTINTOS: No início do século XX, os psicólogos atribuíam o comportamento aos instintos – padrões de comportamentos específicos e inatos, que caracterizavam toda uma espécie. Em 1890, William James compilou uma lista de instintos humanos: caça, competição, medo,curiosidade, timidez, amor, vergonha e ressentimento. Mas por volta dos anos 20, a teoria dos instintos deixou de ser usada para explicar o comportamento humano por três motivos: Os comportamentos humanos mais importantes são aprendidos; Raramente o comportamento humano é rígido, inflexível, imutável e encontrado em toda espécie, como é o caso do instinto; atribuir todo possível comportamento humano a um instinto correspondente não explica nada. Assim, por volta de 1900, os psicólogos buscaram explicações mais plausíveis para o comportamento humano.
II – TEORIA DOS IMPULSOS: Uma visão alternativa da motivação afirma que as necessidades corporais criam um estado de tensão ou estimulação chamado impulso. De acordo com a teoria da redução de impulsos , o comportamento motivado é uma tentativa de reduzir esse desagradável estado de tensão do corpo e fazer com ele retorne ao estado de homeostase, ou equilíbrio. De acordo com essa teoria, geralmente os impulsos podem ser divididos em duas categorias: Impulsos Primários: são inatos e encontrados em todos os animais – inclusive no homem – motivam para a sobrevivência da espécie – fome, sede, sexo. Impulsos Secundários: adquiridos por meio da aprendizagem – dinheiro, sucesso,...
III – TEORIA DA ATIVAÇÃO: Segundo a teoria da redução de impulsos, uma vez satisfeitos,isto é, não mais ativos o homem não buscaria mais nada a não ser descansar; pois não haveria mais nenhuma motivação. Por isso, alguns psicólogos sugeriram a teoria da ativação – a ativação se refere a um estado de alerta. O nível de ativação que ocorre em um determinado momento se apresenta ao longo de um continuum. Numa ponta estão estado de alerta máximo; na outra o sono; assim a motivação pode ser ativada por um desejo de reduzir o estado de ativação; e em outros de intensificá-lo. De acordo com esta teoria, cada indivíduo teria um nível ótimo de ativação que varia de uma situação para outra e ao longo do dia; e o comportamento seria motivado pelo desejo de manter um nível ótimo de ativação. IV
– MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA E EXTRÍNSECA: Motivação Intrínseca – diz respeito às recompensas que se originam da atividade em si – o próprio comportamento é intrinsecamente recompensador. Motivação Extrínseca – se refere as recompensas que não são obtidas da atividade mas em conseqüência da atividade.
Ciclo motivacional
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1.Necessidade. É o motivo, a razão de ser da ação. É provocada por um estado de desequilíbrio devido a uma carência ou privação (ex.falta de alimento no organismo).
2.Impulso ou pulsão. É a atividade desenvolvida pela necessidade ou motivo, isto é, a energia interna que impele o indivíduo a agir num dado sentido. (Ex.força que move o indivíduo para obter comida).
3.Resposta. É a atividade desenvolvida e desencadeada pela pulsão para atingir algo. (ex.procurar comida).
4.Incentivo. É o objetivo para o qual se orienta a acção. (Ex. ingerir o alimento).
5.Sociedade. É a satisfação decorrente de se ter atingido o objetivo pretendido (depois de se ter ingerido o alimento, a fome desaparece).
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Este comportamento sequencial volta a repetir-se sempre que se repete a necessidade que o provoca.
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Tipos de Motivação
Não existe uma classificação para as motivações, mas várias. As motivações podem classificar-se em dois grandes grupos:

1. Motivações fisiológicas (primárias, básicas, biológicas, orgânicas): as que estão ligadas à sobrevivência do organismo e não resultam de uma aprendizagem. Elas provocam no organismo certos impulsos para o restabelecimento do seu equilíbrio. Estas motivações encontram-se estreitamente ligadas com determinado estado interno do organismo. Exemplos: respiração, fome, sede, sexo, evitar o frio e o calor, sono, etc. A homeostasia designa o mecanismo que regulação o equilíbrio interno do organismo.
2. Motivações sociais (secundárias, culturais): as que dependem essencialmente de aprendizagens, isto é, foram adquiridas no processo de socialização. Exemplos: Necessidade de convivência (afiliação), de reconhecimento, de êxito social, de segurança, etc. Este grupo pode ser subdividido, por exemplo, entre motivações sociais centradas no indivíduo e ou centradas na sociedade.
a) Centradas no indivíduo (auto-afirmação): desejo de segurança, de ser aceite, de pertencer a um grupo, de alcançar um estatuto social elevado, de enriquecer, etc.
b) Centradas na sociedade (independentes dos nossos interesses particulares): respeito pelo próximo, de solidariedade, de amizade, de amor, etc.
Há que questione esta divisão das motivações, afirmando que todas elas têm um fundo comum: a busca do prazer, o único e verdadeiro motivo de todas as ações humanas.
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Frustração
Quando o indivíduo está motivado para atingir uma dado objetivo, e por um obstáculo qualquer não o consegue atingir, vive um estado de frustração. Este sentimento de depende de muitos fatores: personalidade do sujeito, idade, natureza da motivação, tipo de obstáculo, etc.
Reações à frustração. Não existe uma reação tipo para determinada frustração, as respostas às frustrações dependem de muito fatores como acima aludimos.
Comportamentos resultantes da frustração :

1. Agressão (direta ou deslocada). Esta agressão denomina-se direta quando é dirigida contra a fonte que provocou a frustração, e deslocada se dirige para outras outras pessoas ou objetos. Ex. A criança agride o pai que a impede de brincar (agressão direta); A criança proibida de brincar, destrói os brinquedos com que o pai a impede de brincar (agressão deslocada);
Ao longo do processo de socialização, o indivíduo aprende a lidar com as frustrações, inibindo, deslocando, dissimulando, ou compensando as suas manifestações de agressividade. Em situações extremas, o individuo pode dirigir as suas manifestações de agressividade deslocada para ele próprio (auto-agressão).
2. Apatia (indiferença ou inatividade). Face a contínuas frustrações o individuo pode cair na reação apática (indiferença perante a fonte da frustração).A pulsão motivadora do comportamento é reduzida ou eliminada.
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Conflito
Estado de tensão que resulta de uma tensão interior vivida pelo sujeito quando se debate com motivações inconciliáveis.
Kurt Lewin classificou os conflitos em três grupos:
1. Conflito aproximação/ aproximação. Decisão sobre duas coisas desejáveis, mas incompativeis. Ex.: Escolher entre uma festa e uma viagem;
2. Conflito afastamento/ aproximação. Decisão sobre algo que comporta aspecto positivos, mas também negativos. Ex. Fazer uma viagem, mas ficar sem dinheiro.
3. Conflito afastamento/ afastamento. Decisão sobre duas coisas igualmente desagradáveis, mas inevitáveis. Ex.: Para uma criança- comer a sopa ou ir para a cama;
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Teorias da Motivação

1. Teoria de Abraham Maslow. Este psicólogo, fundador da psicologia humanista, descreve o processo como o indivíduo passa das necessidades básicas, como alimentar-se, a necessidades superiores como as cognitivas ou estéticas. Maslow estabelece uma estrutura hierarquia das necessidades partindo da ideia que se não se satisfaz uma necessidade básica, torna-se impossível satisfazer outras de ordem superior.Se temos fome (necessidade fisiológica), por exemplo, somos incapazes de nos concentrarmos em atividades estéticas.Esta ideia aplica-a a todas as atividades da vida humana, afirmando também que todos os homens aspiram à auto-realização plena das suas potencialidades.
Hierarquia das motivações (por ordem crescente):
1. Necessidades fisiológicas (água, luz solar, alimento,oxigênio, sexo, alojamento);
2. Necessidades de segurança (estar livre do medo e das ameaças, de não depender de ninguém, de autonomia, de não estar abandonado, de proteção, de confidencialidade, de intimidade, de viver num ambiente equilibrado);
3. Necessidades de afeto ou de pertença (afiliação, afeto, companheirismo, relações interpesssoais, conforto, comunicação, dar e receber amor);
4. Necessidades de prestígio e estima social (respeito pela própria dignidade pessoal, elogio merecido, auto-estima, individualidade, identidade sexual, identidade sexual, reconhecimento);
5. Necessidades de auto-realização e criatividade (auto-expressão, utilidade, criatividade, produção, diversão e ócio);
6. Cognitivas e de curiosidade, de conhecer o mundo (saber, inteligência, estudo, compreensão, estimulação, valia pessoal);
7. Estéticas (realização de possibilidades, autonomia pessoal, ordem, beleza, intimidade, verdade, objetivos espirituais).
2. Teoria Psicanalíticas. O comportamento do indivíduo é motivado por uma energia libidinal, que se manifesta sob a forma de pulsões. A satisfação desta pulsões diminuem a tensão no indivíduo, mas também produzem prazer.Nem sempre esta satisfação se revela aceitável, o que origina frustrações e conflitos.
A fim de evitar as frustrações e os conflitos, e tendo em vista diminuir a tensão interna, os mecanismos de controlo do ego (Eu), recorrem a várias estratégias para a controlarem estas tensões e obterem alguma satisfação das pulsões Na maior parte tratam-se de respostas elaboradas pelo inconsciente, sem que o individuo se dê conta disso.
Principais mecanismo de defesa do ego :
- Recalcamento : Processo de esquecimento inconsciente de lembranças desagradáveis. Os desejos e sentimentos inaceitáveis são mantidos no inconsciente.
- Repressão: Processo voluntário e consciente pelo qual o indivíduo esquece ou repele da consciência lembranças desagradáveis.
- Regressão: Retorno do indivíduo a formas de comportamento próprias de uma idade inferior à sua, nomeadamente a aquelas em que se sentia seguro e confiante.
- Projeção: Os desejos próprios são atribuídos a outras pessoas. O individuo atribui a outros desejos que são seus.
- Identificação. Adoção de comportamentos daqueles que nos impressionam e se nos impõe como modelos de comportamento.
- Sublimação: Substituição do objetivo da pulsão por outro socialmente aceite e estimável. Deste modo o desejo é satisfeito de modo indireto.
- Racionalização: Justificação, à posteriori, com o intuito de evitar sentimentos de inferioridade que ponham em risco a auto-estima.
- Compensação: Realização de atividades inferiores para compensar outras tidas como superiores, mas face às mesmas o indivíduo manifesta medos ou assume certas incapacidades para a sua realização.
- Transferência: Mudança de um objeto proibido das pulsões para outro, relacionado com aquele, mas socialmente aceitável e socialmente aceitável.
- Fantasia.


Fonte: http://www.brasilescola.com/psicologia/motivacao-psicologica.htm
http://filotestes.no.sapo.pt/psicMotivacao.html

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Não é o dinheiro, estúpido


Não paute sua vida pelo dinheiro: seja fascinado pelo realizar e o dinheiro virá como consequência

SOU, COM FREQUÊNCIA, chamado a fazer palestras para turmas de formandos. Orgulha-me poder orientar jovens em seus primeiros passos profissionais.

Há uma palestra que alguns podem conhecer já pela web, mas queria compartilhar seus fundamentos com os leitores da coluna.

Sempre digo que a atitude quente é muito mais importante do que o conhecimento frio.

Acumular conhecimento é nobre e necessário, mas sem atitude, sem personalidade, você, no fundo, não será muito diferente daquele personagem de Charles Chaplin apertando parafusos numa planta industrial do século passado.

É preciso, antes de tudo, se envolver com o trabalho, amar o seu ofício com todo o coração.

Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência.

Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido ou um grande canalha. Napoleão não conquistou a Europa por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.

E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. Tudo o que fica pronto na vida foi antes construído na alma.

A propósito, lembro-me de um diálogo extraordinário entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar dos leprosos, diz: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo". E ela responde: "Eu também não, meu filho".

Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar têm trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: pense no seu país. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.

Era muito difícil viver numa nação onde a maioria morria de fome e a minoria morria de medo. Hoje o país oferece oportunidades a todos.

A estabilidade econômica e a democracia mostraram o óbvio: que ricos e pobres vão enriquecer juntos no Brasil. A inclusão é nosso único caminho. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laodiceia.

É preferível o erro à omissão; o fracasso ao tédio; o escândalo ao vazio. Porque já li livros e vi filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso (ou narra e fica muito chato!).

Colabore com seu biógrafo: faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.

Tenho consciência de que cada homem foi feito para fazer história.

Que todo homem é um milagre e traz em si uma evolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.

Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, caminhando sempre com um saco de interrogações numa mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não dê férias para os seus pés.

Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: "Eu não disse? Eu sabia!".

Toda família tem um tio batalhador e bem de vida que, durante o almoço de domingo, tem de aguentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo o que faria, apenas se fizesse alguma coisa.

Chega dos poetas não publicados, de empresários de mesa de bar, de pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta à noite, todo sábado e todo domingo, mas que na segunda-feira não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar.

Só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama "sucesso".

Seja sempre você mesmo, mas não seja sempre o mesmo.

Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se. Eu era gordo, fiquei magro. Era criativo, virei empreendedor. Era baiano, virei também carioca, paulista, nova-iorquino, global.

Mas o mundo só vai querer ouvir você se você falar alguma coisa para ele. O que você tem a dizer para o mundo?


NIZAN GUANAES, publicitário e presidente do Grupo ABC

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