25 de jul. de 2011

Cresce demanda por cuidadores de idosos

Segundo especialistas, envelhecimento e falta de leitos nos hospitais impulsionam aumento da procura por esses profissionais 
Com o aumento da expectativa de vida, a profissão de cuidador de idosos está se tornando cada vez mais atrativa. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a esperança de vida ao nascer no Brasil cresceu três anos no período entre 1999 e 2009. O estudo aponta que, em 1999, a expectativa de vida do brasileiro era de 70 anos e, em 2009, de 73,1 anos. 
Além disso, especialistas apontam a grande falta de leitos nos hospitais como fator para o aumento da procura desses profissionais. Segundo a Federação Brasileira de Hospitais (FBH), em 2010 foram registrados 463.166 leitos, uma queda de 35, 7 mil leitos em relação ao ano anterior.
“A necessidade desses profissionais é uma realidade. É preciso prevenir doenças e orientar as famílias para que adaptem os ambientes para os idosos”, destaca Rita de Cássia Tapié, professora no curso de enfermagem da Universidade Anhembi Morumbi.

Regulamentação
Apesar dessa necessidade existente, a função ainda não é considerada uma profissão. “Está em processo de regulamentação na Câmara dos Deputados, mas não foi votada”, afirma Márcio Borges, geriatra e editor do Portal Cuidar de Idosos.
Segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), o cuidador de idosos é conceituado como trabalhador doméstico. Assim, o que vale para a empregada doméstica vale para o cuidador.

Funções
Mas o que faz um cuidador de idosos? Segundo Rita, há três modalidades nessa área:internação domiciliar (leva os recursos do hospital para casa do paciente), assistência domiciliar (pacientes que já saíram do estado agudo, mas ainda têm uma condição vulnerável que exige cuidados) e o atendimento domiciliar (cuidados de curta duração).
O cuidador substitui a família quando necessário. “É como um acompanhante, que auxilia no cuidado, dá banho e ajuda na alimentação.” Caso seja necessário procedimentos mais complexos, como internação domiciliar e medicamentos intravenosos, o profissional deve ter um nível técnico em enfermagem.
A principal função desse profissional é prevenir doenças aos idosos e trazer qualidade de vida. “O cuidador vai acompanhar o idoso em passeios, prestar atenção nas atividades cognitivas, ajudar na locomoção e lembrar os horários dos medicamentos prescritos pelo médico”, ressalta.

Perfil
O cuidador de idosos, além da responsabilidade com a saúde, deve entender que há um lado emocional envolvido, tanto da parte do paciente como da família. Esse profissional deve ter uma habilidade social. “A parte técnica é possível aprender, mas a postura ética é característica de cada profissional.”
O profissional que deseja atuar nessa área deve ter flexibilidade e paciência para entender que, no início, as famílias ficam inseguras em relação à saúde do idoso e aos cuidados que aquela pessoa deve tomar. 
Formação
Para quem quer iniciar a carreira nessa área, há alguns cursos técnicos e profissionalizantes, tanto em enfermagem, quanto para cuidador de idosos.
“O cuidador não é uma profissão opcional, mas uma necessidade social. Falta iniciativa do poder público para qualificar esses profissionais”, afirma Souza, presidente da Associação dos Cuidadores de Idosos do Estado.

Salários
A faixa salarial dos cuidadores de idosos varia muito, pois os profissionais podem tanto ser contratados por cooperativas, como registrados em regime CLT. No caso dos cooperados, segundo Vanessa, o salário médio é cerca de R$ 710, já descontando o INSS.
Já para aqueles registrados em carteira, a remuneração varia também dependendo da região. Em São Paulo, é entre R$ 850 e R$ 1,5 mil. Em Minas Gerais, o valor fica entre R$ 700 a R$ 1 mil, estima o Dr.Marcio Borges. 


Fonte: IG 

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Não é o dinheiro, estúpido


Não paute sua vida pelo dinheiro: seja fascinado pelo realizar e o dinheiro virá como consequência

SOU, COM FREQUÊNCIA, chamado a fazer palestras para turmas de formandos. Orgulha-me poder orientar jovens em seus primeiros passos profissionais.

Há uma palestra que alguns podem conhecer já pela web, mas queria compartilhar seus fundamentos com os leitores da coluna.

Sempre digo que a atitude quente é muito mais importante do que o conhecimento frio.

Acumular conhecimento é nobre e necessário, mas sem atitude, sem personalidade, você, no fundo, não será muito diferente daquele personagem de Charles Chaplin apertando parafusos numa planta industrial do século passado.

É preciso, antes de tudo, se envolver com o trabalho, amar o seu ofício com todo o coração.

Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência.

Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido ou um grande canalha. Napoleão não conquistou a Europa por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.

E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. Tudo o que fica pronto na vida foi antes construído na alma.

A propósito, lembro-me de um diálogo extraordinário entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar dos leprosos, diz: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo". E ela responde: "Eu também não, meu filho".

Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar têm trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: pense no seu país. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.

Era muito difícil viver numa nação onde a maioria morria de fome e a minoria morria de medo. Hoje o país oferece oportunidades a todos.

A estabilidade econômica e a democracia mostraram o óbvio: que ricos e pobres vão enriquecer juntos no Brasil. A inclusão é nosso único caminho. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laodiceia.

É preferível o erro à omissão; o fracasso ao tédio; o escândalo ao vazio. Porque já li livros e vi filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso (ou narra e fica muito chato!).

Colabore com seu biógrafo: faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.

Tenho consciência de que cada homem foi feito para fazer história.

Que todo homem é um milagre e traz em si uma evolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.

Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, caminhando sempre com um saco de interrogações numa mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não dê férias para os seus pés.

Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: "Eu não disse? Eu sabia!".

Toda família tem um tio batalhador e bem de vida que, durante o almoço de domingo, tem de aguentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo o que faria, apenas se fizesse alguma coisa.

Chega dos poetas não publicados, de empresários de mesa de bar, de pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta à noite, todo sábado e todo domingo, mas que na segunda-feira não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar.

Só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama "sucesso".

Seja sempre você mesmo, mas não seja sempre o mesmo.

Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se. Eu era gordo, fiquei magro. Era criativo, virei empreendedor. Era baiano, virei também carioca, paulista, nova-iorquino, global.

Mas o mundo só vai querer ouvir você se você falar alguma coisa para ele. O que você tem a dizer para o mundo?


NIZAN GUANAES, publicitário e presidente do Grupo ABC

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