3 de mai. de 2011

HISTÓRIA DA DANÇA DE SALÃO





Na vida, tudo é movimento! E o movimento dançado foi a primeira manifestação emotiva, ainda que desordenada, apenas com a organização imposta pela própria estrutura do corpo, com a particularidade, de uma apaixonada atração pelo ritmo.
Que impulso irresistível leva o homem a dançar? Por que, em lugar de economizar suas energias desperdiça-as em movimentos esgotantes? Sem dúvida, por uma necessidade interior, muito mais próxima do campo espiritual que do físico. Enquanto seus movimentos vão-se ordenando em tempo e espaço, se constituem em formas de expressar sentimentos de desejos, alegrias, pesares, gratidão, respeito, temor, poder.
A dança como expressão artística, culto aos deuses ou entretenimento traz em suas origens a cultura e o desenvolvimento social um povo. É baseada na imitação dos atos, desejos e temores humanos.
Na pré-história, a dança tinha um caráter religioso e místico.
Na Antigüidade, os povos a utilizaram como forma comunicação, e só começou a ter um sentido social durante o Renascimento, quando começou a ser dançada em festas da nobreza, como entretenimento. Importante como elemento de formação social da época, teve o minueto como precursor. Durante o século XIX, a valsa já dividia espaço com a polca nos salões, e aos poucos, a dança social foi se tornando acessível aos menos privilegiados que até essa época tinham acesso apenas às danças populares.
Grandes alterações de comportamento foram se agregando às danças sociais que passaram a ser executadas por casais dando origem ao que, hoje, denominamos dança de salão. Outros ritmos, como o tango, o foxtrote, a rumba, o mambo, o bolero, samba o forró, a salsa e a lambada surgiram nos salões somente no século XX.
Em todas essas etapas, a função da dança não é ser espetáculo artístico e, portanto, as leis que regem estas formas de dança são completamente distintas das do gênero de dança clássica. As danças se transformam com o tempo e se adaptam às novas maneiras de vida e conduta.


Antiga dança francesa originária de Poitou e caracterizada pela nobreza equilíbrio dos movimentos.(Dic.Aurélio) Foi introduzida na corte de Luís XIV em 1650. e sofreu grande declínio com a Revolução Francesa.
A Valsa, baseada  em compassos ternários.  Surgiu nas regiões campestres da Alemanha e Áustria, desenvolvendo-se a partir do Minueto e do Laendler (dança popular Austríaca). Foi introduzida na Inglaterra no início do século XIX, e chegou a ser proibida nos salões devido à proximidade entre o casal, mas com o tempo venceu as barreiras do preconceito e passou a ser considerada elegante. Atualmente, se faz presente em ocasiões especiais como casamentos e etc.
Dança e música originária da Boêmia (Tchecoslováquia) e bastante popular no século XIX nos salões europeus.
Palavra originária do inglês foxtrote refere-se a uma Dança de salão, de par, oriunda dos E.U.A., em compasso binário e ritmo sincopado, ou em compasso quaternário, com passos vagarosos e corridos, e que pode ter andamento rápido ou lento.  

SWINGUE

Tem origem na América do Norte e surgiu do foxtrote, na década de 40, Mais movimentado que seu antecessor, alterou os padrões de dança de salão. Os dançarinos podiam fazer malabarismos, como jogar a parceira para cima.
Existe controvérsia a respeito da origem do tango. Uma das versões diz surgiu em meados de 1879 e tem origem africana, pois os negros escravos que vieram para a América trouxeram consigo seus costumes, e entre eles, uma dança denominada Tangano. Na região do Plata a dança se tornou popular entre as pessoas da zona portuária e por volta do final do século XIX, oTangano se desenvolveu e ficou conhecido como o Tango Argentino.
Outra versão diz que a origem da palavra é africana e, que significaria algo parecido a quilombo. Os escravos do litoral do Rio de la Plata eram imitados e caçoados em sua forma de dançar pelos imigrantes, gente do campo. À maneira de dançar acrescentaram uma música desconhecida, mistura da habaneratango andaluz y milonga e por volta de 1880, já apresentava características argentinas; é dançada, nos subúrbios e cabarés do cais de Buenos Aires.
Uma outra versão afirma que o tango evoluiu a partir do ritmo do  candombe africano (batuque dos negros do rio da Prata.), dos movimentos e passos da Milonga, e da linha melódica daHabanera. No início era "dançado" apenas por homens que "jogavam" tango para disputar uma mulher. A princípio, o tango foi discriminado pelos ricos e era dançado apenas por pessoas das classes mais pobres.
Independente da versão, a verdade é que o Tango surgiu no Rio da Prata, entre o Uruguai e a Argentina, no final do século XIX e desde então, vem sofrendo mudanças sucessivas até chegar ao que conhecemos, atualmente, dançado pelo casal abraçado.
No tango de salão é o cavalheiro que conduz a dama que o corresponde em harmonia. O tango de salão e não tem movimentos espalhafatosos e seqüências combinadas diferente do tango-show, mais conhecido e apreciado.
Canto e dança do tipo da habanera e do tango andaluz, popular nos subúrbios de Montevidéu e Buenos Aires nos fins do séc. XIX, e que veio a ser absorvida pelo tango. Popular das zonas próximas ao estuário do rio da Prata, interpretada com acompanhamento de violão.
Gênero de música e dança cubana, em compasso binário, que influenciou o Tango, o Maxixe e a música popular de quase todos os países hispano-americanos. Popular no século XIX.
O Maxixe apareceu no Brasil entre 1870 e 1880, é uma dança urbana, de par unido, originária da cidade do Rio de Janeiro, é o resultado da fusão da habanera e da polca com uma adaptação do ritmo africano.
Dançado em passos convencionados ou improvisados pelos dançarinos, no início era considerado indecente e profano devido ao enlaçamento atrevido dos pares com movimentos em forma de rosca, giros e requebros de quadris.
O maxixe é considerado o precursor do samba. 
O samba é uma dança popular originada de ritmos, danças sociais e religiosas dos negros africanos que se fundiu às danças e cantos sagrados dos indígenas brasileiros e que foi levado para a Bahia pelos escravos enviados para trabalhar nas plantações de açúcar. Esses  batuques eram executados na zona rural.
Aos poucos a batida sutil e as diferenças de interpretação levaram o samba a ser dançando nos cafés e eventualmente até nos salões, dessa forma e o samba urbano nasceu e se desenvolveu no Rio de Janeiro, no início do século XX incorporando outros gêneros da época como Polca, Maxixe, Lundu e o Xote etc.
Em meados da década de 1940 e na década de 1950, o samba começa a receber influências rítmicas latina e americana, passa a ser instrumental e começa a ser dançado aos pares nos salões públicos, gafieiras e cabarés do Rio de Janeiro.
É um  fenômeno comercial na década de 1990 com características do choro tem um andamento de  fácil execução para os dançarinos.
A batida peculiar desse samba foi inventada por Jorge Bem Jor e, a princípio, foi chamada de sacundin sacunden, depois, na época da jovem guarda, virou jovem samba, e, mais tarde, sambalanço. A partir dos anos 70, passou a ser conhecido como suíngue ou samba-rock. Ver mais
A palavra RUMBA é um termo genérico e cobre uma variedade de nomes do afro-cubano como o mambo e a conga. É uma dança popular afro-cubana, em compasso binário, ritmo sincopado e muito variado, e cuja melodia se repete incansavelmente.
Há duas fontes básicas da dança: uma espanhola e outra africana. A influência da Rumba entrou no século XVI com os escravos pretos importados da África. 
A dança, inspirada no passeio do galo, escandalizou os brancos na época do seu surgimento por isso aos poucos sofreu um refinado processo de adaptação. Hoje a Rumba como dança de salão social ou em competições, é razoavelmente unificada e uniforme.
Consta que seu nome deriva da palavra espanhola volero (devolar = voar) ou das bolinhas que eram usadas presas nos vestidos das dançarinas ciganas (boleras), que pareciam voar enquanto dançavam.
Quanto à dança, sua origem é discutida: uma versão diz que se surgiu na Inglaterra passando pela França e Espanha com nomes variados (dança e contradança); outra versão, diz que veio do fandango - dança espanhola de origem árabe - muito popular, desde o século XVII e que fez sucesso no Brasil entre os séculos XVIII e XIX.
Há, ainda, autores que apontam o bailarino espanhol Sebastian Cerezo como seu criador, em 1780, inspirado numa dança típica dos ciganos, fez uma variação baseada nas Seguidillas.
O bolero, a princípio, era executado com acompanhamento de castanholas, violão e pandeiro, tal qual o fandango, enquanto o casal dançava sem se tocar, com sensuais movimentos de aproximação e afastamento.
Assim como o bolero influenciou o Mambo, Chá-Chá-Chá e Salsa e ele também recebeu influência de outros ritmos como o Tango e apenas no Brasil, ele é dançado da forma como o conhecemos nos dias atuais com figurações, passos de efeito e dos muitos giros. Na maioria dos países latino-americanos ele é dançado de forma simples e lenta, sem muitas variações. Portanto quando você ouvir a expressão “dois pra lá, dois pra cá”, com certeza estarão falando do bolero, pois essa é a base para se dançar esse ritmo que se desenvolveu, principalmente, em Cuba e outros países da América Central, México, República Dominicana, Porto Rico. Na Europa ele é mais conhecido como rumba lenta.
O Bolero é uma dança agradável e elegante com música romântica com letras sentimentais e por isso permanece até nossos dias.
fandango, menos suave que o bolero, ainda é dançado em versão bem modificada em estados do sul do Brasil é uma espécie de cateretê ou chula.
Fandango também é o nome dado ao baile popular, especialmente rural, ao som da viola ou da sanfona, e no qual se executam várias danças de roda e sapateadas, alternadas com estrofes cantadas, durante as quais a dança pára.
Fandango bailado: Fandango mais estilizado, no qual o bate-pé é rigorosamente proibido.
Fandango batido: Fandango mais rústico do que o comum, e em que é obrigatório o bate-pé.
Dança rural, em fileiras opostas e cantada, e cujo nome indica origem tupi, mas que coreograficamente se mostra muito influenciada pelos processos africanos de dançar.
Espécie de dança e música popular de origem portuguesa.
Dança e música originária da América Central.  Nasceu em Cuba e virou uma mistura musical. Tem como antepassados os ritmos afro-cubanos derivados de cultos religiosos no Congo. Seu surgiu de uma gíria usada pelos músicos negros que tocavam nas bandas cubanas (Estás Mambo = tudo bem com você?). O ritmo invadiu os E.U.A. na década de 50.
Segundo alguns autores é uma dança derivada da Rumba e ligada ao Mambo. Seu nome é devido ao som produzido pelos dançarinos nas pistas de dança. Nas músicas há um predomínio de instrumentos de sopro.
A origem da palavra forró gera controvérsias. A versão popular diz que o termo vem do inglês “for all“ - frase escrita na porta dos locais onde se dançava – outra versão diz que tem origem no termo africano "forrobodó", que significaria festa, bagunça, baile popular.
O que se sabe é que o forró, assim como o samba, tem raízes de influência africana e européia misturadas à nossa cultura indígena e que nasceu no Nordeste. Onde e como apareceu lá no sertão ninguém sabe, mas com certeza o forró foi difundido pelo país na década de 40 por Luiz Gonzaga.
Tipo de diversão essencialmente rural, dançando nos pés- de- Serra, onde não se dança separado da dama, o forró urbanizou-se e se estendeu para grandes centros, inclusive no sul do país. Atualmente, quase sessenta anos depois, o forro reaparece com grande sucesso; deixa de ser só uma música de migrantes nordestinos e atinge todo o publico.
No Nordeste dança-se o forró o ano inteiro, mas a prática se intensifica durante as festas juninas. Campina Grande, na Paraíba, é a cidade que se reúnem os maiores aficionados da dança em toda a região. Forró é o lugar e a dança! Os ritmos são xote, baião, xaxado e coco entre outros. 
O Baião dança e música, abrange uma fase antiga que o Nordeste conheceu durante um século e outra moderna, a partir de 1946, que atingiu todo o Brasil projetando-se no exterior.
Já em 1842, falava-se no Baiano ou Baião muito em voga no século XIX, com diversas modalidades coreográficas. Era executado entre o povo e nos salões, por ocasião das festas sociais, ao lado do Minueto.
Inicialmente bem aceito, mais tarde, foi considerado lascivo, ficando sua prática limitada aos ambientes rústicos e campestres.
O Baiano ou Baião caracterizava-se por ser dança viva, com movimentos improvisados, ágeis, com sapateado e castanholas (produzidas com estalar dos dedos), palmas, giros, além de "volteados" e "roda de galo" e, mais raramente, da umbigada. Tanto na dança como na música predominava o caráter de improvisação, de efeito surpreendente inclusive com a presença de desafios baseados nas circunstâncias.
Quanto à origem: pode ser um produto mestiço (a transformação do Maracatu africano, das danças selvagens e do lado Português); um novo nome dado ao samba em alguns Estados do Norte; pode ter o Fandango como o mais provável antepassado dado suas afinidades com mais influência européia do que africana ou afro-brasileira, entre outras.
O Baião moderno em virtude da coreografia e música tem ritmo marcante e contagioso e é, indiscutivelmente, delicioso de ser dançado.
Dança talvez proveniente da Hungria, em compasso binário ou quaternário, e cujos passos se aproximam dos da polca, surgiu dos salões aristocráticos no final do séc XIX. Conhecido originalmente com o nome schottisch, foi aos poucos se tornando popular passando a ficar conhecido como chótis e finalmente xote.
É o forró dançado no sul do país. Caracteriza-se por ser uma dança em que os pares giram pelo salão com imensa mobilidade e rapidez.
Dança de salão, de origem francesa, muito em voga no séc. XIX, e de caráter alegre e movimentado, na qual tomam parte diversos pares. São de natureza rural, da tradição européia do culto ao fogo, anteriores ao cristianismo. A Igreja Cristã adaptou a festa de São João para absorver os cultos agrários pagãos. No Brasil a festa é acompanhada de muita música e dança: a quadrilha (dança das Cortes européias), o baião, o xote entre outros.
Tem sua origem na Republica Dominicana e seu nome é derivado do apelido dado aos invasores franceses no século XVII (merengue). Tem ritmo veloz e malicioso. A característica principal do merengue é o quadril que se move horizontalmente de um lado para o outro. 
Uma das versões quanto à sua origem diz que derivou dodanzón que era uma dança praticada em Cuba, com músicas fortes e melodia rica; outra diz que nasceu da mistura estilos praticados em Porto Rico influenciado pelos ritmos cubanos; já uma terceira versão diz que teria surgido em Nova Iorque, da mistura das Big Bands aos ritmos dos imigrantes cubanos e porto riquenhos. O nome Salsa se refere ao tempero, a algo picante, o que caracteriza efetivamente o ritmo. A Salsa cada vez mais se incorpora às danças tradicionais de Salão no Brasil mas teve seu auge na década de 60.  
Dança adaptada do Carimbó, nasceu em Belém do Pará. É uma das danças mundiais mais modernas, surgida em 1976. Sofreu influência e influenciou vários ritmos como o zouk, a salsa e o merengue, entre outros ritmos caribenhos.
Dança típica das Antilhas Francesas
Não se tem certeza da época, nem local de seu aparecimento. É uma dança, semelhante ao rock e ao swing americanos, mas com a improvisação, a "ginga" e o “tempero” brasileiro.
O soltinho não tem uma música que o caracteriza, pode ser dançado com Dance Music, Rock e Fox-trot. Músicas que tenham as que tenham balanço, que sejam, normalmente, para serem dançadas em separado.
Termo originário do inglês rock('n'roll) é designação de uma dança muito movimentada, de origem norte-americana, que surgiu na década de 50, tendo por base a música de jazz, em compasso quaternário. Por ser uma transformação e assimilação de outros estilos, tornou-se a forma dominante de música popular em todo o mundo. Do ponto de vista musical, o Rock surgiu da fusão da música Country, e do Rhythm and Blues. Inicialmente de música muito simples, era um estilo de forte ritmo dançante.
A dança e a música country nasceram em cidades como Nashville e Santa Fé, no sul dos Estados Unidos, no começo do século XIX, quando os imigrantes da Inglaterra que não encontravam trabalho nas colônias do nordeste partiam para o oeste em busca de terra e ouro. Nas paradas para descanso no meio do caminho, todos se reuniam em torno de fogueiras, cantavam e dançavam ao som de violões, banjos, bandolins e rabecas. O ritmo era mais lento do que o atual e havia uma forte influência de ritmos sulistas como o blues e o folk. As pessoas inventavam passos para as músicas, e decoravam pequenas coreografias.
No Brasil a dança country ainda é nova. Desde o final da década de 1990 ela vem sendo introduzida nos salões e lentamente vem se incorporando à ginga brasileira. 


É a dança de roda onde os africanos mostravam a sua cultura - foi o tronco principal no que diz respeito à formação da música popular brasileira com toda a sua diversidade e variações que se espalharam nas áreas urbanas e rurais, sob vários nomes e estilos próprios.
Segundo velhos sambistas, a expressão "partido alto" provém da alta dignidade desse samba. Gênero de samba muito próximo do batuque africano, e cultivado na cidade do Rio de Janeiro desde o fim do séc. XIX por grupos de negros já urbanizados. É dança de umbigada, com ritmo marcado por palmas, prato de cozinha raspado com faca, chocalho e outros instrumentos de percussão, e, às vezes, acompanhada pelo violão e pelo cavaquinho.
É uma dança que os negros do Congo e de Angola trouxeram para o Brasil e consiste em geral de se fazer uma grande roda em cujo centro um só dançarino ou par, faz evoluções e depois de muitos requebros da uma umbigada em outro dançarino de sexo diferente, que vai por sua vez para o centro, e assim sucessivamente.
Antiga dança folclórica do Nordeste brasileiro, uma espécie regional do lundu. Aprincípio, era executado por um só individuo ou um ou dois pares, que iam ao centro de um em um. A substituição dos solistas podia ser feita por meio de umbigada, ao som de castanholas, cumprimentos ou acenos de mão, ou ainda, jogando-se o "lenço da sorte".
O baiano (ou baião) em sua forma antiga é encontrado em nossos dias como dança e música no Bumba-meu-boi, nos solos de personagens como Mateus e Fidélis, sendo Pernambuco o seu grande reduto.
A palavra Frevo, derivada de frever (ferver) designa a dança carnavalesca de rua e de salão, essencialmente rítmica, em compasso binário e andamento mais rápido que o da marchinha carioca, e na qual os dançarinos (passistas) executam coreografia individual, improvisada e frenética.É uma dança brasileira, originária do Nordeste do país.
Folguedo, usado no interior de AL durante o Natal, em que dois grupos numerosos, figurando negros fugidos e índios, vestidos a caráter e armados de compridas espadas e terçados, lutam pela posse da rainha índia, acabando a função pela derrota dos negros vendidos aos espectadores como escravos; toré, torém.
Dança de origem africana que teve seu esplendor no Brasil em fins do séc. XVIII e começo do séc. XIX. Dos meados do séc. XIX em diante, canção solista, influenciada pelo lirismo da modinha e freqüentemente de caráter cômico.
O nome provém do som que os sapatos faziam no chão ao se dançar; é uma dança do agreste e sertão pernambucano, bailada somente por homens, que remonta da década de 20. Tornou-se popular pelos cangaceiros do grupo de Lampião.
Dança popular de roda do norte e nordeste do Brasil, originária de Alagoas, acompanhada de canto e percussão. Acredita-se que tenha nascido nas praias, daí o seu nome. O ritmo sofreu várias alterações com o aparecimento do baião nas caatingas e agreste. Como compositor que popularizou o ritmo podemos citar Jackson do Pandeiro.
Dança dramática de origem africana, que se realiza de preferência pelo Natal, pela festa de Nossa Senhora do Rosário, e pela de São Benedito na região Norte e Nordeste do Brasil.
Bailado dramático em que os figurantes representam, entre cantos e danças, a coroação de um rei do Congo; congado.
Bailado guerreiro de origem negra, sem enredo, ao som de instrumentos de percussão, semelhante às danças de combate das congadas, e no qual o ritmo é marcado com entrechoques de bastões. Comum nos estados brasileiros de Minas Gerais, São Paulo e Goiás.
Baile de roda em torno de um poste de que pendem várias fitas coloridas, as quais, seguras pelos dançarinos, se entretecem, formando complicadas tranças. Populares nas estados brasileiros do Paraná e Santa Catarina.
No Brasil de norte a sul encontramos a brincadeira de boi (boi fingido), conforme a região estes possuem características e nomes distintos.
É um bailado popular brasileiro, cômico-dramático, organizado em cortejo, com personagens humanos (Pai Francisco, Mateus, Bastião, Arlequim, Catirina, Capitão Boca-Mole, etc.), animais (o Boi, a Ema, a Cobra, o Cavalo-Marinho, etc.) e fantásticos (a Caipora, o Diabo, o Morto-Carregando-o-Vivo, o Babau, o Jaraguá, etc.), cujas peripécias giram em torno da morte e ressurreição do boi. São palavras sinônimas: boi, boi-bumbá, boi-calemba, boi-calumba, boi-de-mamão, boi-de-melão, boi-melão, boi-de-reis, boi-pintadinho, boi-surubi(m), boizinho, bumba, bumba-boi, cavalo-marinho, rei-de-boi, reis-de-boi, reisado cearense. (Dic. Aurélio).
Exemplos de Bois:
Boi-de-mamão é uma das manifestações mais significativas da cultura popular catarinense. Está presente nos municípios do litoral e principalmente em Florianópolis, Capital de Santa Catarina, onde concentra o maior número de grupos. 
Bumba-meu-boi mais recente e de música faceira, cabriolante; boi-de-matraca. Pertencente ao folclore do Maranhão – Brasil.
Bumba-meu-boi de ritmo mais lento, apoiando-se em grandes tambores enfiados em varas que dois homens carregam, e o músico caminha ao lado, batendo-lhe com um macete. Folclore do Maranhão – Brasil.
Palavra de origem africana refere-se a uma Dança de roda do litoral paraense. É música folclórica da Ilha de Marajó desde o século XIX.
Antiga dança, espécie de fandango, introduzida no Rio Grande do Sul – Brasil pelos açorianos.

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Não é o dinheiro, estúpido


Não paute sua vida pelo dinheiro: seja fascinado pelo realizar e o dinheiro virá como consequência

SOU, COM FREQUÊNCIA, chamado a fazer palestras para turmas de formandos. Orgulha-me poder orientar jovens em seus primeiros passos profissionais.

Há uma palestra que alguns podem conhecer já pela web, mas queria compartilhar seus fundamentos com os leitores da coluna.

Sempre digo que a atitude quente é muito mais importante do que o conhecimento frio.

Acumular conhecimento é nobre e necessário, mas sem atitude, sem personalidade, você, no fundo, não será muito diferente daquele personagem de Charles Chaplin apertando parafusos numa planta industrial do século passado.

É preciso, antes de tudo, se envolver com o trabalho, amar o seu ofício com todo o coração.

Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência.

Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido ou um grande canalha. Napoleão não conquistou a Europa por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.

E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. Tudo o que fica pronto na vida foi antes construído na alma.

A propósito, lembro-me de um diálogo extraordinário entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar dos leprosos, diz: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo". E ela responde: "Eu também não, meu filho".

Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar têm trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: pense no seu país. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.

Era muito difícil viver numa nação onde a maioria morria de fome e a minoria morria de medo. Hoje o país oferece oportunidades a todos.

A estabilidade econômica e a democracia mostraram o óbvio: que ricos e pobres vão enriquecer juntos no Brasil. A inclusão é nosso único caminho. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laodiceia.

É preferível o erro à omissão; o fracasso ao tédio; o escândalo ao vazio. Porque já li livros e vi filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso (ou narra e fica muito chato!).

Colabore com seu biógrafo: faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.

Tenho consciência de que cada homem foi feito para fazer história.

Que todo homem é um milagre e traz em si uma evolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.

Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, caminhando sempre com um saco de interrogações numa mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não dê férias para os seus pés.

Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: "Eu não disse? Eu sabia!".

Toda família tem um tio batalhador e bem de vida que, durante o almoço de domingo, tem de aguentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo o que faria, apenas se fizesse alguma coisa.

Chega dos poetas não publicados, de empresários de mesa de bar, de pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta à noite, todo sábado e todo domingo, mas que na segunda-feira não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar.

Só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama "sucesso".

Seja sempre você mesmo, mas não seja sempre o mesmo.

Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se. Eu era gordo, fiquei magro. Era criativo, virei empreendedor. Era baiano, virei também carioca, paulista, nova-iorquino, global.

Mas o mundo só vai querer ouvir você se você falar alguma coisa para ele. O que você tem a dizer para o mundo?


NIZAN GUANAES, publicitário e presidente do Grupo ABC

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