10 de mai. de 2011

A diferença entre amor e paixão...



Paixão: do latim passione = sofrimento, sentimento excessivo; afeto violento; entusiasmo, cólera, grande mágoa; vício dominador; alucinação; sofrimento intenso (lembra-se? PAIXÃO de Cristo)

Paixão, já no vocabulário grego deriva de paschein, padecer uma determinada ação ou efeito de algum evento. É algo que acontece à pessoa independente de sua vontade ou mesmo contra ela. De paschein deriva pathos e patologia. Pathos designa tanto emoção como sofrimento e doença.

Amor, na verdade, é um só, a diferença está no que as pessoas julgam estar sentindo. Muitas pessoas interpretam EMOÇÔES fortes como sendo amor, porém o SENTIMENTO verdadeiro não causam brigas, ciúmes, inveja, discórdia, nada disso decorre do verdadeiro amor. 

Esse tipo de sentimento é resultado do nosso “EU”, da nossa vontade, dos nossos desejos, enfim, do nosso egoísmo e nada mais além disso. O sofrimento nunca será sinal de amor. Quando o amor é real ele “tudo espera, tudo crê, tudo suporta... o verdadeiro amor jamais acaba”.

Enfim Paixão é emoção, amor sentimento...

Você pensa que emoções e sentimentos são sinônimos?

- quando é Amor o que você sente - não importa por quem
ou pelo quê - a sensação é tão agradável, que você não
sente o mínimo desejo de se livrar dela.
O Amor é sentimento. Sentimento faz bem.

- quando é ódio, você pode notar que é como se o seu peito se
fechasse, o ar parece ser insuficiente para sua oxigenação.
A respiração fica ofegante e curta. É uma sensação horrível.
O ódio é emoção. Emoção faz mal.

É comum confundirmos pessoas sentimentais com pessoas
emotivas e pensamos que é a mesma coisa, mas não é:
a pessoa sentimental não sofre, mas a emotiva sim.
Emocionar-se é "doer-se".
Emoção é ruído. Sentimento é silêncio.

A paixão é emoção e, só por isso,
faz tanto estardalhaço, tanto estrago no continuar das coisas.
Há quem mate "em nome do Amor", mas há um engano:
a paixão pode fazer matar, mas o Amor não.

Há um incontável número de coisas que sentimos e
que são confundidas, ora com sentimento, ora com emoção.

São emoções: ódio, a inveja, o ciúme, vingança, ressentimento, a culpa, a mágoa, a raiva, e por aí a fora.

Você notou como tudo isso é denso, pesado, sufocante?
As emoções nos prendem, os sentimentos nos libertam.

Não há necessidade de eu listar o que são sentimentos,
pois você - com certeza - já percebeu que eles são
exatamente tudo que é o oposto dos listados acima.

Um comentário:

  1. O amor é benigno; o amor não é invejoso;
    o amor não se vangloria, não se ensoberbece,
    não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses,
    não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;
    tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta...

    Parabéns pela sua colocação Lico Fernandes!

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Não é o dinheiro, estúpido


Não paute sua vida pelo dinheiro: seja fascinado pelo realizar e o dinheiro virá como consequência

SOU, COM FREQUÊNCIA, chamado a fazer palestras para turmas de formandos. Orgulha-me poder orientar jovens em seus primeiros passos profissionais.

Há uma palestra que alguns podem conhecer já pela web, mas queria compartilhar seus fundamentos com os leitores da coluna.

Sempre digo que a atitude quente é muito mais importante do que o conhecimento frio.

Acumular conhecimento é nobre e necessário, mas sem atitude, sem personalidade, você, no fundo, não será muito diferente daquele personagem de Charles Chaplin apertando parafusos numa planta industrial do século passado.

É preciso, antes de tudo, se envolver com o trabalho, amar o seu ofício com todo o coração.

Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência.

Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido ou um grande canalha. Napoleão não conquistou a Europa por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.

E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. Tudo o que fica pronto na vida foi antes construído na alma.

A propósito, lembro-me de um diálogo extraordinário entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar dos leprosos, diz: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo". E ela responde: "Eu também não, meu filho".

Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar têm trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: pense no seu país. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.

Era muito difícil viver numa nação onde a maioria morria de fome e a minoria morria de medo. Hoje o país oferece oportunidades a todos.

A estabilidade econômica e a democracia mostraram o óbvio: que ricos e pobres vão enriquecer juntos no Brasil. A inclusão é nosso único caminho. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laodiceia.

É preferível o erro à omissão; o fracasso ao tédio; o escândalo ao vazio. Porque já li livros e vi filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso (ou narra e fica muito chato!).

Colabore com seu biógrafo: faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.

Tenho consciência de que cada homem foi feito para fazer história.

Que todo homem é um milagre e traz em si uma evolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.

Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, caminhando sempre com um saco de interrogações numa mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não dê férias para os seus pés.

Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: "Eu não disse? Eu sabia!".

Toda família tem um tio batalhador e bem de vida que, durante o almoço de domingo, tem de aguentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo o que faria, apenas se fizesse alguma coisa.

Chega dos poetas não publicados, de empresários de mesa de bar, de pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta à noite, todo sábado e todo domingo, mas que na segunda-feira não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar.

Só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama "sucesso".

Seja sempre você mesmo, mas não seja sempre o mesmo.

Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se. Eu era gordo, fiquei magro. Era criativo, virei empreendedor. Era baiano, virei também carioca, paulista, nova-iorquino, global.

Mas o mundo só vai querer ouvir você se você falar alguma coisa para ele. O que você tem a dizer para o mundo?


NIZAN GUANAES, publicitário e presidente do Grupo ABC

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